Ex-chefe de gabinete condenado a 10 anos por atropelamento fatal em MT: a tragédia que chocou Cuiabá
Ex-chefe de gabinete condenado a 10 anos por atropelamento

O que era para ser mais uma noite comum no centro de Cuiabá transformou-se numa cena de horror que ninguém presente conseguiria esquecer. E olha que a gente já viu cada coisa por essas ruas, mas essa... essa foi de cortar o coração.

Imagine só: um servidor público, homem simples que dedicava sua vida ao trabalho, cruzando a rua numa sexta-feira aparentemente normal. De repente – e não me pergunte como isso ainda acontece em pleno 2023 – um veículo em alta velocidade simplesmente tira uma vida em questão de segundos.

O culpado? Nada mais, nada menos que um ex-chefe de gabinete

Pois é, meus amigos. O motorista não era um jovem impetuoso ou alguém sem experiência no volante. Era Wellington Figueiredo da Silva, ex-coordenador de gabinete da Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso. Alguém que, em tese, deveria dar exemplo à população.

E o pior? Testemunhas contaram que ele nem sequer parou para prestar socorro. Sim, você leu direito. Deixou um homem morrendo na via pública e simplesmente... foi embora. Que nível de desumanização é esse?

O longo caminho até a condenação

Quase dois anos se passaram até que a justiça finalmente chegou a um veredito. Dez anos de prisão em regime inicialmente fechado – e olhe que ainda pode recorrer, porque no Brasil sempre pode.

O juiz Fernando José da Costa não usou meias-palavras na sentença: classificou o crime como homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar. E não é para menos! Dirigir embriagado e ainda fugir sem prestar socorro... é de deixar qualquer um com raiva.

Um final trágico que poderia ter sido evitado

Carlos Roberto da Silva, o coitado do servidor público que perdeu a vida, tinha apenas 55 anos. Era auxiliar de serviços gerais na Assembleia Legislativa – um daqueles trabalhadores invisíveis que mantêm tudo funcionando enquanto os outros nem notam.

Sabe o que mais me revolta? Testemunhas disseram que o carro estava em velocidade «incompatível com o local». Traduzindo: estava correndo como se estivesse numa pista de corrida, não no centro de uma capital.

E tem mais: o laudo pericial mostrou que Silva (o motorista, não a vítima) estava com 0,90 mg/L de álcool no sangue. Quase três vezes o limite permitido! É muita irresponsabilidade.

O que isso diz sobre nossa sociedade?

Às vezes me pego pensando: será que algumas pessoas realmente acham que estão acima da lei? Que seu cargo ou posição social dá direito de tudo?

Este caso – triste, doloroso, completamente evitável – mostra que ainda temos um longo caminho pela frente. E que, felizmente, a justiça ainda funciona em alguns casos.

Mas confesso: fico com um gosto amargo na boca. Porque uma vida se foi. Uma família destruída. E tudo por causa de uma combinação fatal: álcool, velocidade e total desrespeito pela vida alheia.