
Imagina a cena: você é roubado, vira refém, e ainda tem que salvar o cara que te ameaçou. Pois é, a realidade às vezes supera a ficção, e essa história rolando em Capivari é a prova viva disso. Na tarde de quarta-feira (24), um assaltante aprendeu na pele – literalmente – que crime não compensa, mas a lição veio com um twist surreal.
Segundo a Guarda Municipal, tudo começou com o roubo de um caminhão na zona rural. O bandido, armado, obrigou o motorista a sair da cabine e... adivinha? Decidiu assumir o volante. Só que a aventura criminosa durou poucos quilômetros na SP-101. O sujeito, claramente sem perícia para manusear um veículo daquele porte, perdeu o controle. O caminhão capotou na altura do km 98, virando um amassado de metal à beira da pista.
E aqui vem a parte que parece invenção. O assaltante, agora preso nas ferragens e machucado, em vez de pedir ajuda, resolveu intensificar o absurdo. Com a arma ainda em punho, fez do motorista – a própria vítima – seu refém particular para forçá-lo a prestar os primeiros socorros. "Socorre aqui, senão...", deve ter sido a ordem. Uma inversão de papéis tão caótica que até o mais criativo dos roteiristas hesitaria em usar.
O Resgate e a Chegada das Autoridades
O motorista, entre a cruz e a espada, agiu com uma frieza impressionante. Enquanto ajudava o criminoso ferido, conseguiu acionar a polícia. Em poucos minutos, o local foi tomado por viaturas da PM e da Guarda Municipal. O cerco foi rápido. O meliante, já debilitado pelos ferimentos, não teve condições de reagir e foi capturado sem maiores conflitos.
Os bombeiros precisaram usar equipamentos de resgate para cortar a lataria e retirar o suspeito, que foi levado direto para o hospital – escoltado, claro. O motorista, ainda em choque, passou por atendimento médico no local. Felizmente, saiu ileso fisicamente, mas o trauma psicológico dessa jornada forçada, bem, esse vai levar um tempo para curar.
O que fica dessa história maluca? Uma lição bizarra de que o desespero pode levar a situações limite. E também um alerta: nas estradas, o perigo pode vir de onde menos se espera, até mesmo de dentro da própria cabine.