
Eis uma daquelas notícias que chega mudando o jogo — e gerando um burburinho só. A partir de agora, no Amazonas, as mulheres poderão, sim, portar armas de choque para defesa pessoal. A governadora do estado, Wilson Lima, sancionou a Lei nº 6.619, e a coisa já está valendo. Não é brincadeira.
Mas calma, não é sair por aí com o dispositivo na bolsa como se fosse um batom. Tem regra, tem treinamento, tem toda uma burocracia — porque segurança, convenhamos, não é coisa de se improvisar.
Quem pode portar e o que é preciso?
Primeiro: a lei é clara. Só maiores de 21 anos, residentes no estado, e que passem por um curso de capacitação. Esse treinamento, inclusive, será oferecido pela Polícia Civil — e vai abordar desde noções legais até o uso técnico do equipamento.
Ah, e tem mais: a arma de choque precisa estar registrada. Documentação em dia é fundamental. Sem isso, nada feito.
Onde usar (e onde não usar)
Aqui vem um detalhe importante — e polêmico, pra alguns. O porte é permitido em vias públicas, certo? Mas em locais como escolas, universidades, presídios, delegacias ou estádios… esquece. Lá dentro, não rola.
E tem uma outra restrição: dentro de veículos, só se estiver guardada, longe do motorista. Nada de deixar no colo ou no painel. A lei é rígida nisso.
Por que essa lei veio agora?
Bom, todo mundo sabe — ou deveria saber — que a sensação de insegurança, especialmente entre mulheres, não é baixa. Dados alarmantes, violência urbana, assaltos, assédio… A medida surge como uma resposta, um mecanismo a mais de proteção.
Não é sobre incentivar violência, claro. É sobre permitir reação. É sobre dar uma opção quando tudo mais falha.
E o que dizem os especialistas?
Alguns aplaudem. Outros torcem o nariz. Há quem tema que mais armas, mesmo elétricas, signifique mais conflitos. Mas o governo alega que a capacitação e a regulamentação rígida devem evitar abusos.
No fim, a verdade é uma só: a rua é imprevisível. E talvez — só talvez — um choque de 50 mil volts possa dar mais tranquilidade a quem só quer voltar pra casa em paz.
O que você acha? Boa medida ou temeridade?