
Imagine a cena: um foragido da justiça, tentando se esconder no interior mineiro, achando que a tecnologia seria sua maior aliada. Que engano colossal! Na zona rural de Porteirinha, a Polícia Militar acaba de desmontar uma operação caseira – e até um tanto ingênua – de monitoramento.
Nesta quarta-feira (3), os policiais não apenas prenderam o indivíduo, que respondia por... bem, por uma lista nada trivial de crimes. Eles também descobriram e confiscaram um verdadeiro esquema de vigilância. Câmeras estrategicamente posicionadas – uma delas, pasmem, fixada num poste de energia – transmitiam ao fugitivo um feed ao vivo de quem se aproximava da propriedade. Era o seu sistema particular de alerta antecipado.
Pois é. A ideia era simples: ver a polícia chegando antes que ela batesse à porta. Uma tentativa desesperada de ganhar alguns segundos preciosos, talvez para escapar por um beco ou destruir provas. Só que dessa vez, o plano saiu pela culatra. Fez-se o silêncio. E o suspeito, de 31 anos, foi capturado sem chance de usar seu pequeno centro de comando.
Não era seu primeiro delito, longe disso
O mandado de prisão em aberto não era por qualquer coisinha. O homem era investigado por tráfico de drogas, formação de quadrilha e até por homicídio. Um histórico pesado, que explica a ânsia em não ser encontrado. A operação foi deflagrada depois de investigações minuciosas da 60ª Companhia da PM, que rastreou seu paradeiro até a área rural.
E não pense que a tecnologia era ultrapassada. As câmeras apreendidas eram de monitoramento por vídeo, conectadas – acredita-se – diretamente ao celular do foragido. Tudo para que ele pudesse, de qualquer lugar, ficar de olho nos arredores. Quase um big brother às avessas, onde o criminoso é quem observa.
E agora, o que acontece?
O preso foi levado para a cadeia pública de Janaúba. Lá, ele aguardará os próximos capítulos processuais. Já os equipamentos apreendidos... bem, eles se tornaram peça de convicção. Servirão como prova material do modus operandi e do grau de sofisticação – ainda que frustrada – que até crimes do interior estão adotando.
Uma lição que fica? Por mais que a tecnologia avance, a astúcia e o trabalho investigativo das forças de segurança ainda são peças-chave. Dessa vez, a lei chegou primeiro. E sem ser notada.