
A Polícia Militar de São Paulo está no centro de uma polêmica após delegados da Polícia Civil acusarem a corporação de usurpar funções durante operações policiais. O caso ganhou destaque após a PM realizar mandados de busca sem a presença de investigadores civis, prática considerada irregular por especialistas.
O que aconteceu?
Segundo relatos de delegados, a PM tem atuado de forma autônoma em operações que, por lei, deveriam ser conduzidas pela Polícia Civil. A situação se agravou nos últimos dias, quando militares cumpriram mandados judiciais sem a participação de agentes civis.
Críticas da Polícia Civil
Delegados ouvidos pelo G1 afirmam que essa prática configura usurpação de função e pode comprometer investigações em andamento. "A PM não tem competência legal para conduzir certas etapas do processo investigativo", declarou um delegado que preferiu não se identificar.
Defesa da PM
Por outro lado, a Polícia Militar defende suas ações, alegando que estava atuando em apoio a operações maiores e seguindo determinações judiciais. Em nota, a corporação afirmou que "sempre age dentro da legalidade e em consonância com as necessidades de segurança pública".
Possíveis consequências
Especialistas em direito penal alertam que esse conflito entre as polícias pode:
- Comprometer provas obtidas irregularmente
- Causar anulação de processos judiciais
- Criar atritos operacionais entre as instituições
O caso deve ser discutido em reunião entre os comandantes das duas polícias nos próximos dias, na tentativa de estabelecer protocolos mais claros de atuação conjunta.