Celulares proibidos para advogados e agentes penitenciários em presídio do Amapá: entenda a decisão
Iapen proíbe celulares para advogados e agentes em presídio do Amapá

Imagine a cena: um advogado chega ao presídio para atender seu cliente, mas antes de entrar, precisa deixar o celular do lado de fora. Parece exagero? Pois é exatamente isso que o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) decidiu implementar — e a medida já está valendo.

Não é frescura, não. A proibição — que vale tanto para defensores quanto para os próprios agentes penitenciários — tem um pé na realidade cada vez mais preocupante dos presídios brasileiros. Afinal, quem nunca ouviu falar de vídeos vazados de dentro das celas, né?

O que muda na prática?

Antes, o pessoal podia entrar com os aparelhos — desligados, claro. Agora? Nem pensar. A justificativa oficial é evitar que informações sigilosas vazem ou que criminosos usem os dispositivos para coordenar atividades ilícitas (e a gente sabe que isso acontece mais do que deveria).

  • Celulares ficam em armários especiais na entrada
  • Quem descumprir pode até responder administrativamente
  • Exceções só em casos muito específicos, com autorização prévia

"Mas e se acontecer uma emergência?" — você deve estar se perguntando. Calma, tem solução: os profissionais terão acesso a telefones fixos dentro da unidade para situações realmente urgentes.

Reação mista entre os profissionais

Entre os advogados, a coisa tá dividida. Tem quem ache a medida necessária — "segurança nunca é demais", diz um criminalista que prefere não se identificar. Já outros reclamam da "burocracia desnecessária" que atrapalha o trabalho.

Já entre os agentes penitenciários... Bem, aí a opinião é quase unânime: "Era mais que hora", comenta um veterano de 15 anos de serviço, que já viu de tudo um pouco. "Tem colega que achava normal tirar selfie com detento. Absurdo, né?"

A decisão não veio do nada. Depois daquele caso do vídeo do preso fazendo live de dentro da cela (lembra?), a pressão por medidas mais duras aumentou. E olha que o Amapá nem é o primeiro — vários estados já adotaram regras parecidas.

E aí, o que você acha? Exagero ou medida necessária? Uma coisa é certa: quando o assunto é segurança prisional, melhor prevenir do que remediar. Principalmente num país onde o sistema carcerário já vive no limite.