
Eis que o caso do assassinato do delegado Thiago Luis Baylão, que já completava mais de um ano sem respostas concretas, dá uma guinada de mestre. E olha só de onde veio a pista: de dentro de um Jeep Renegade preto, abandonado às pressas após o crime.
Parece coisa de série policial, mas é a vida real mostrando suas cartas. Peritos da científica, esses heróis anônimos, garimparam cada centímetro do veículo. E acharam. Não uma, mas várias amostras de material genético que não batiam com o primeiro suspeito – já preso, diga-se.
O Quebra-Cabeça Genético
O tal do Renegade era praticamente a peça central do quebra-cabeça. Usado pelos executores, foi encontrado depois, todo queimado – a tentativa clássica e desesperada de apagar rastros. Que nada. A tecnologia forense hoje é implacável.
E aí, meu caro, é que a coisa fica séria. As amostras de DNA colhidas no câmbio, no volante e no quebra-sol do carro apontaram para outra pessoa. Um segundo indivíduo, que agora é oficialmente suspeito de estar metido até o pescoço no homicídio.
O delegado responsável pela investigação, Fábio Pinheiro, não esconde o otimismo. Em suas palavras, é mais um passo crucial para desvendar o mandante e a rede por trás do crime. E convenhamos, nesse tipo de caso, chegar aos executores é uma coisa; encontrar quem ordenou é o verdadeiro troféu.
Um Crime que Chocou o Paraná
Voltemos no tempo, lá para março de 2023. O delegado Baylão foi emboscado de forma brutal e covarde na frente de casa, em Cascavel. Dois carros bloquearam o seu, e os tiros não deixaram chance. Um crime que, obviamente, tinha toda a cara de execução – e dos mais profissionais.
A investigação sempre correu sob a forte suspeita de que o motivo estava ligado à atuação do delegado, especialmente contra o tráfico e o crime organizado na região. Oeste do Paraná, né? Área quente.
O primeiro suspeito, preso em outubro, era apontado como o motorista da armadilha. Mas essa nova prova genética joga uma luz totalmente nova no palco. Revela que ele não agia sozinho. Tinha um parceiro ali do lado.
O que me faz pensar: quantos outros ainda estão por aí, se achando impunes?
O Longo Caminho da Investigação
Nada disso caiu do céu. Foram meses de trabalho duro, cruzando dados, quebrando a cabeça e, claro, uma boa dose de sorte. O Jeep Renegade foi localizado poucos dias depois do crime, em uma área rural de Toledo. Totalmente carbonizado.
Mas, como bem sabemos, o diabo mora nos detalhes – e a ciência forense adora um detalhe. Eles conseguiram extrair vestígios que sobreviveram ao fogo. Isso sim é que é prova resiliente.
Agora, com um segundo suspeito identificado, a bola da vez é descobrir quem ele é, onde está e qual exatamente foi o seu papel na trama. Será outro executor? Um observador? O elo com o mandante?
O que se sabe é que a justiça está fechando o cerco. E, nesse jogo de gato e rato, cada novo fio de DNA pode ser a linha que desembaraça todo o novelo. Fiquemos de olho. O próximo capítulo promete.