
Eis que a investigação sobre o brutal assassinato do gari Alexsandro Silva Santos, de 41 anos, ganha contornos que beiram o roteiro de filme policial – daqueles que a gente até duvida que possa acontecer na vida real. Mas aconteceu. E em Minas Gerais.
O detalhe, que veio à tona agora, é de cortar o fôlego: o principal suspeito e confessor do crime, um tal de Weslley Willams de Almeida, de 24 anos, não agiu sozinho nas sombras. Antes de ser preso, ele trocou uma baita sequência de mensagens – e olha que foram muitas – com um contato que as autoridades vinculam a nada mais, nada menos que um coronel da Polícia Militar. Sim, você leu direito: um coronel.
As Mensagens que Prendem a Respiração
O teor das conversas? Bem, não era sobre o preço do pão na padaria. As trocas, ocorridas pelo aplicativo WhatsApp, foram diretas e, convenhamos, profundamente suspeitas. Os investigadores, com aquele faro que só quem está na área há décadas possui, tratam o caso como uma peça central para entender não só o crime, mas possíveis conexões perigosas dentro da própria estrutura que deveria combatê-lo.
Não é todo dia que um caso de homicídio – por mais chocante que seja – aponta o dedo para figuras de alto escalão da segurança pública. A pergunta que fica, ecoando na mente de qualquer um, é: o que um suposto assassino teria a conversar com um oficial de patente tão elevada?
O Crime que Chocou uma Cidade
Voltemos um pouco. Alexsandro, o gari, foi encontrado sem vida no último dia 28 de agosto, no bairro Califórnia, região do Barreiro em Belo Horizonte. A cena era de partir o coração de qualquer um. Ele foi atingido por nada menos que 13 facadas. Treze. A brutalidade do gesto deixou a comunidade em estado de choque, perplexa com tanta violência gratuita.
Weslley, preso no último sábado (31), não fez rodeios: assumiu a autoria do crime. Mas a história, claramente, não termina com a sua confissão. As mensagens com o tal contato, trocadas antes mesmo de a polícia bater à sua porta, abrem um leque de possibilidades sombrias e perturbadoras.
O delegado Bruno Santos, que comanda as investigações, foi enfático ao afirmar que está apurando «todas as conexões» do caso. E isso inclui, é claro, a investigação minuciosa desse diálogo digital suspeito e a real identidade – e intenções – por trás do perfil com quem Weslley conversava.
O que se sabe até agora é que o tal número de WhatsApp estaria, de alguma forma, na órbita de um coronel da PM. A corporação, por sua vez, já se adiantou e anunciou que vai colaborar integralmente com a investigação, abrindo todos os canais necessários para esclarecer o que diabos aconteceu.
O caso, que começou como um homicídio brutal, transformou-se numa teia complexa que envolve suspeitas, mensagens cifradas e a possibilidade de que o crime possa ter ramificações inesperadas. O povo mineiro, e o brasileiro de modo geral, aguarda respostas. E elas precisam vir rápido.