Vale do Paraíba: Quase 150 detentos não retornam aos presídios após saidinha de fim de ano
147 presos não retornam após saidinha no Vale do Paraíba

Aquelas saidinhas de fim de ano, que deveriam ser um respiro controlado, viraram um problema sério no Vale do Paraíba. Dá pra acreditar que quase 150 pessoas simplesmente não voltaram para as celas? Pois é, os números são oficiais e assustadores.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), 147 detentos — olha só esse número — aproveitaram a brecha e desapareceram depois das saídas temporárias concedidas entre setembro e dezembro. E o pior: a maioria era de presos do regime semiaberto, que teoricamente teriam mais a perder.

Os números que ninguém quer ver

Pensa na dimensão disso: foram 1.319 autorizações concedidas, mas 11,15% simplesmente ignoraram o combinado. É como se a cada 10 presos que saíram, mais de um decidiu não voltar. Algo de muito errado está acontecendo no sistema.

E tem mais — a SAP revelou que 80% desses "fugitivos" eram do semiaberto. Gente que já estava na reta final da pena, mas preferiu jogar tudo fora. Uma escolha que, convenhamos, não faz o menor sentido.

O que está por trás desses números?

Você deve estar se perguntando: mas como isso acontece? Bom, as saidinhas são um direito previsto em lei, principalmente para datas comemorativas. Só que a fiscalização... bem, a fiscalização parece ter dado uma cochilada.

As unidades mais afetadas foram:

  • Penitenciária I de Tremembé (39 não retornaram)
  • Penitenciária II de Tremembé (25 sumiram)
  • Cadeia Pública de Taubaté (22 desaparecidos)

E olha que curioso: a SAP garante que todos esses casos já foram comunicados à Justiça. Mas cadê as consequências? É como aquela velha história: o combinado não sai caro, mas parece que alguns acham que sai sim.

E agora, o que esperar?

O problema é que isso cria um efeito dominó perigoso. Por um lado, há familiares que confiam no sistema; por outro, a população que se sente cada vez mais insegura. E no meio disso tudo, a sensação de que a impunidade está virando regra.

Será que vamos ver mudanças nas políticas de saidinhas? A SAP diz que "adota todos os procedimentos legais", mas será que isso basta? A verdade é que números como esses não mentem: precisamos de um sistema que funcione para todos, não só para alguns.

Enquanto isso, as famílias dos que voltaram seguem na esperança de reencontros, e os que não voltaram... bem, esses agora são problema da polícia. Uma situação triste para todos os lados.