
Imagine a cena: você planeja aquela viagem dos sonhos para o Rio de Janeiro, contrata um pacote de passeios pela internet, e quando chega no ponto de encontro... nada. A empresa simplesmente evaporou. Foi exatamente isso que aconteceu com um grupo de turistas – e olha, a situação tá feia.
Relatos pipocam nas redes sociais e em delegacias especializadas. Uma tal de "Rio Tour Experiências" (nome suposto, pra variar) vem aplicando um golpe dos bons. O modus operandi? Anúncios superconvincentes em plataformas online, com fotos lindas e preços tentadores. Só que depois do pagamento – adiantado, sempre adiantado –, o silêncio vira a única resposta.
O Prejuízo é Mais que Financeiro
Não é só a grana que vai embora, viu? A frustração é enorme. Turistas perderem dias preciosos de férias, aquela expectativa que se transforma em um estresse danado. Um casal de São Paulo, que preferiu não se identificar, contou que desembolsou R$ 800 para um passeio à Pedra da Gávea que... bem, nunca existiu. "Ficamos esperando como trouxas por mais de uma hora", desabafou.
E não para por aí. Outras vítimas relataram ter comprado pacotes para Pão de Açúcar e Cristo Redentor – os cartões-postais mais famosos – e se viram sozinhos na base dos bondinhos. Uma verdadeira quebra de confiança, algo que mancha a experiência de visitar uma cidade maravilhosa como o Rio.
Como se Proteger Desse Tipo de Ação?
- Pesquisa é fundamental: Jamais, eu repito, JAMAIS contrate um serviço sem vasculhar a reputação da empresa na internet. Busque por avaliações em sites independentes e fuja de perfis que só tenham comentários genéricos e suspeitosamente positivos.
- Desconfie de preços milagrosos: Se a oferta parece boa demais para ser verdade, provavelmente é. Compare os valores com o mercado.
- Prefira pagamentos na hora ou com cartão: Pagamentos antecipados por PIX para CPFs, e não CNPJs, são uma bandeira vermelha gigantesca.
- Exija nota fiscal: Uma empresa séria emite nota fiscal sem problemas. A falta dela é um sinal de alerta gravíssimo.
As autoridades já foram acionadas. O Procon-RJ confirmou que está apurando as denúncias, e a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) também pode entrar no páreo, já que os golpes partiram majoritariamente de anúncios online. A questão é que esses golpistas são como água: assim que se fecha uma torneira, abrem outra.
No fim das contas, a dica de ouro é uma só: cautela. O Rio tem uma infinidade de operadoras de turismo idôneas, que trabalham há anos com seriedade. O negócio é não deixar a empolgação da viagem abrir espaço para a ingenuidade. Porque, convenhamos, passar por um aperto desses é uma baita de uma dor de cabeça que ninguém merece.