PROCON de Maceió põe o dedo na ferida: seis lojas de celulares autuadas por propagandas que enganam o consumidor
PROCON autua 6 lojas de celular por propaganda enganosa em Maceió

Eis que o PROCON de Alagoas resolveu botar as cartas na mesa — e que cartas! Numa investida nada amigável, o órgão decidiu autuar seis estabelecimentos comerciais em Maceió, todos do ramo de telefonia móvel, sob a acusação grave de veicular propagandas que, francamente, mais confundiam que informavam.

Não foi pouco, não. A operação — batizada de 'Operação Apuração' — sacudiu as prateleiras de grandes redes. A Leroy Merlin, a Fast Shop, além das especializadas Allamanda Tech, iPlace, iMobilize e i2 Tecnologia. Todas pegas, digamos, 'com a boca na botija' das promessas irreais.

O que exatamente deu errado?

Ah, a criatividade para iludir… Segundo o relatório do PROCON, as falcatruas variavam. Umas lojas anunciavam descontos agressivos — daqueles que fazem o olho brilhar — mas esqueciam de mencionar que os valores promocionais só valiam para pagamentos à vista. Outras simplesmente inventavam um 'preço original' inflado, só para fazer o cliente achar que estava levando o negócio do século.

E não para por aí. A velha e boa tática do 'preço por tempo limitado' também apareceu. Você sabe: aquele banner vermelho piscante que diz 'ACABA HOJE!' — mas que, milagrosamente, ainda está lá uma semana depois. Coincidência? O PROCON duvida.

E as consequências?

Pesadas, como deve ser. Cada uma das empresas autuadas agora encara multas que podem bater na casa dos R$ 13,3 milhões. Sim, você leu certo: milhões. O valor é calculado com base no faturamento das empresas — um recado claro de que brincar com o bolso do consumidor saiu — e muito — caro.

Além da multa, elas terão que se explicar. Todas receberam um prazo de dez dias para apresentar defesa. A partir daí, o PROCON decide se a penalidade se mantém, aumenta ou — difícil, mas possível — é revertida.

E tem mais: os estabelecimentos foram notificados para que corrijam imediatamente todas as propagandas irregulares. Se não o fizerem, aí mesmo que a coisa fica feia: multa diária até a regularização.

E o consumidor, fica como?

Boa pergunta. Quem se sentiu lesado por essas práticas pode — e deve — buscar seus direitos. A primeira parada é o próprio PROCON, seja presencialmente ou pelo site. Reunir prints das propagandas, valores anunciados e o que efetivamente foi cobrado é crucial.

É uma daquelas situações em que a gente se pergunta: 'precisava disso?'. Vendendo honestamente já não era suficiente? Parece que não. Da próxima vez que você se deparar com uma promoção tentadora de smartphone, respire fundo. Leia as letras miúdas. Desconfie. E, se a coisa cheirar mal, denuncie. O seu bolso — e o de todo mundo — agradece.