
Numa decisão que acendeu debates nas redes sociais, a Justiça de Minas Gerais bateu o martelo: nada de tornozeleira eletrônica para o homem acusado de um crime que chocou Belo Horizonte no calor das eleições de 2022. Dois mortos, motivação política e agora a confirmação de que ele continuará atrás das grades.
O caso — que parece saído de um roteiro de filme policial — ganhou novos capítulos nesta semana. O Tribunal de Justiça mineiro manteve a prisão preventiva do réu, descartando qualquer possibilidade de monitoramento eletrônico. "Risco à ordem pública" foi a justificativa que pesou na balança.
O que aconteceu naquela noite?
Segundo as peças do processo (e aqui a gente precisa respirar fundo), tudo começou com uma discussão acalorada sobre política. O clima, já tenso por causa das eleições, explodiu em violência. Testemunhas disseram que o acusado — cujo nome a gente omite por questões legais — agiu com "frieza cinematográfica".
Dois tiros. Duas vidas perdidas. E uma cidade que acordou com mais um caso de sangue misturado com paixão política.
Por que a tornozeleira foi negada?
Os desembargadores não ficaram convencidos pelos argumentos da defesa. E olha que o advogado do acusado deu seu show:
- Argumentou que seu cliente tinha endereço fixo
- Disse que não havia risco de fuga
- Até tentou vender a ideia de que o monitoramento seria suficiente
Mas a Promotoria contra-atacou com dados assustadores: o réu teria feito ameaças veladas a testemunhas. "Tem histórico", resumiu um dos procuradores, num tom que deixou claro que a coisa era séria.
No fim, prevaleceu o entendimento de que algumas janelas não podem ser abertas — nem com monitoramento de GPS.
E agora?
O caso segue seu curso, mas já deixou marcas. Nas quebradas de BH, o assunto rende. Alguns acham a decisão dura demais. Outros — a maioria, pelo que se vê nos grupos de WhatsApp — acham que é pouco. Enquanto isso, as famílias das vítimas tentam seguir em frente, num Brasil onde política e violência parecem cada vez mais entrelaçadas.
Uma coisa é certa: o judiciário mineiro mandou um recado. E ele ecoa bem além dos fóruns e tribunais.