Castração química para estupradores: CCJ aprova projeto que condiciona liberdade condicional ao tratamento
CCJ aprova castração química para estupradores

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Espírito Santo aprovou um projeto polêmico que propõe a castração química como condição para a concessão de liberdade condicional a condenados por estupro. A medida, que ainda precisa passar por outras instâncias legislativas, gerou debates acalorados entre defensores de direitos humanos e apoiadores de políticas mais rígidas contra crimes sexuais.

O que diz o projeto?

De acordo com o texto aprovado, réus condenados por estupro só poderão ter direito à liberdade condicional se concordarem em se submeter à castração química. O tratamento consiste na administração de medicamentos que reduzem a libido e os impulsos sexuais.

Argumentos dos defensores

Os parlamentares favoráveis ao projeto argumentam que:

  • A medida pode reduzir a reincidência entre estupradores
  • Oferece maior segurança para a sociedade
  • Funciona como um elemento dissuasor para potenciais criminosos

Críticas ao projeto

Por outro lado, organizações de direitos humanos e alguns especialistas jurídicos apontam que:

  • A medida pode ser considerada tratamento cruel e desumano
  • Não há consenso científico sobre a eficácia da castração química
  • Pode violar princípios constitucionais de dignidade humana

Próximos passos

O projeto ainda precisa ser analisado por outras comissões antes de seguir para votação em plenário. Se aprovado, o Espírito Santo se tornaria um dos poucos estados brasileiros a adotar essa medida controversa no combate à violência sexual.

Especialistas em direito penal destacam que, mesmo com a aprovação, a constitucionalidade da medida provavelmente será questionada no Supremo Tribunal Federal (STF).