O silêncio de uma chácara no interior do Tocantins escondia uma cena de desamparo que deixaria qualquer um de coração partido. Lá, um cachorro — cujo nome sequer sabemos — agonizava sozinho, sem um pingo d'água ou migalha de comida à vista. Quando finalmente o encontraram, já era tarde demais.
Segundo relatos, o animal estava tão debilitado que mal conseguia se mover. As costelas salientes contavam uma história de dias, talvez semanas, de total negligência. Quem passa fome sabe: não há dor mais cruel que o abandono.
O que as autoridades disseram?
A prefeitura local não ficou de braços cruzados. Assim que tomou conhecimento do caso, acionou os órgãos competentes e formalizou uma denúncia contra o tutor — sim, aquele que deveria ser o primeiro a garantir o bem-estar do bichinho. Agora, ele responde por suspeita de maus-tratos, crime previsto na Lei de Proteção Animal.
"Isso não é apenas falta de cuidado, é desumanidade", disparou um funcionário da vigilância sanitária, que preferiu não se identificar. Ele ainda completou, com a voz embargada: "Animais não são objetos que você descarta quando enjoa".
E agora, o que acontece?
O caso está nas mãos da Justiça, e o tutor pode enfrentar desde multas pesadas até restrições legais para ter animais no futuro. Enquanto isso, organizações de proteção animal da região aproveitaram o ocorrido para reforçar um apelo: denuncie! Se testemunhar qualquer situação suspeita, não hesite em ligar para o disque-denúncia local.
Não custa lembrar: cuidar de um animal vai muito além de dar abrigo. É compromisso, é responsabilidade afetiva, é enxergar neles seres sensíveis que dependem totalmente de nós. E quando falhamos nisso, falhamos como sociedade.
