
Era um dia comum no movimentado centro de Manaus, até que fiscais da vigilância sanitária viraram o jogo. De repente, aqueles pacotes e latas que pareciam inocentes nas prateleiras revelaram seu segredo: estavam há tempos brigando com o relógio - e perdendo feio.
Numa ação que misturou precisão de relojoeiro e surpresa de reality show, os agentes tiraram de circulação nada menos que 254 itens que já deveriam ter virado história. De temperos que perderam o tempero até enlatados com data de validade na era pré-pandemia, a lista daria um capítulo inteiro de 'Pesadelo na Cozinha'.
O que rolou nos bastidores
Os fiscais - que mereciam um troféu de caça ao tesouro vencido - percorreram estabelecimentos comerciais como quem não quer nada. Mas bastou uma olhada mais atenta para:
- Descobrir produtos que já deveriam estar aposentados
- Encontrar embalagens que enganavam o consumidor
- Identificar itens que desafiavam as leis da validade
E olha que não foi pouca coisa não. Alguns itens pareciam ter sobrevivido a duas copas do mundo, tamanha a diferença entre a data na embalagem e o calendário na parede.
E agora, o que acontece?
Os estabelecimentos pegos no pulo - que provavelmente estavam torcendo para ninguém notar - agora encaram as consequências. Multas que doem no bolso e, pior ainda, aquele constrangimento de saber que colocaram em risco a saúde do freguês.
Pra quem acha que é exagero, pense bem: você colocaria no prato algo que já viu o mundo mudar tantas vezes? A vigilância sanitária fez coro com o bom senso e agiu antes que esses produtos fossem parar na mesa de alguém.
Enquanto isso, a lição fica: no comércio, como na vida, tentar enganar o tempo nunca dá certo. E quando o assunto é saúde pública, a fiscalização não tem dó nem piedade - e nem deveria ter.