
O renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, conhecido mundialmente por seus registros impactantes, teve um passado pouco conhecido pelo grande público: sua ligação com Carlos Marighella, um dos principais líderes da resistência à ditadura militar no Brasil.
Durante os anos mais sombrios do regime militar, Salgado, então um jovem economista, se aproximou de grupos de esquerda que lutavam contra a opressão. Foi nesse contexto que ele conheceu Marighella, figura icônica da luta armada contra a ditadura.
Uma amizade perigosa
Segundo relatos históricos, Salgado chegou a ajudar Marighella em algumas ações, fornecendo informações e até mesmo abrigo. Essa relação, no entanto, nunca foi comprovada oficialmente, mas circula há décadas nos meios políticos e culturais.
O impacto na carreira de Salgado
Anos depois, quando já era um fotógrafo consagrado, Salgado preferiu não comentar publicamente sobre esse período de sua vida. Especialistas acreditam que essa experiência tenha influenciado profundamente seu olhar humanista, presente em trabalhos como 'Êxodos' e 'Gênesis'.
O legado de Marighella
Carlos Marighella, morto em 1969 em uma emboscada do DOI-CODI, continua sendo uma figura controversa na história brasileira. Para alguns, um herói da resistência; para outros, um terrorista. A relação com Salgado acrescenta um novo capítulo a essa narrativa complexa.
Essa conexão pouco explorada entre arte e política revela como o período da ditadura marcou profundamente toda uma geração de brasileiros, inclusive aqueles que, como Salgado, encontraram na arte uma forma de resistência.