
Uma operação policial no Rio de Janeiro resgatou um grupo de paraguaios que eram mantidos em condições análogas à escravidão em fábricas clandestinas de cigarros. As vítimas, todas imigrantes, trabalhavam em jornadas exaustivas, sem direitos trabalhistas e sob constante ameaça.
Condições degradantes
Os trabalhadores viviam em alojamentos precários dentro das próprias fábricas, sem ventilação adequada ou condições mínimas de higiene. Muitos relatavam ter sido coagidos a aceitar o trabalho com falsas promessas de bons salários.
Operação de resgate
A ação foi coordenada pelo Ministério Público do Trabalho em conjunto com a Polícia Federal. Durante as buscas, foram encontradas grandes quantidades de cigarros ilegais e equipamentos de produção sem qualquer regulamentação sanitária.
Como funcionava o esquema
- Recrutamento de imigrantes vulneráveis na fronteira
- Confisco de documentos pessoais
- Isolamento dos trabalhadores
- Pagamento abaixo do mínimo ou apenas em alimentação
Próximos passos
As vítimas receberão atendimento psicossocial e assistência para retorno ao Paraguai ou regularização migratória no Brasil. Os responsáveis pelas fábricas podem responder por tráfico de pessoas, redução à condição análoga à escravidão e crimes contra a ordem tributária.