
Em uma entrevista franca e necessária, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, revelou os ataques machistas que sofreu durante sessões no Senado Federal. A política, conhecida por sua trajetória de luta pelos direitos humanos e ambientais, expôs situações constrangedoras que enfrentou no ambiente legislativo.
Relatos de assédio e discriminação
Segundo Marina, durante debates acalorados, colegas parlamentares utilizaram tom agressivo e linguajar inadequado, claramente direcionados a desqualificá-la por ser mulher. "Há uma diferença entre discordância política e ataques pessoais baseados em gênero", afirmou a ministra.
O peso do machismo na política
A entrevista traz à tona um problema estrutural:
- Mulheres representam apenas 15% do Senado brasileiro
- Relatos de assédio moral são comuns, mas pouco denunciados
- Agressões verbais muitas vezes são normalizadas como "jeito de fazer política"
Respostas e perspectivas
Marina Silva destacou que não se calará diante dessas situações: "Denunciar é um ato político necessário para mudar essa cultura". A ministra também falou sobre medidas que poderiam melhorar o ambiente no Congresso:
- Criação de canais de denúncia anônima
- Capacitação sobre igualdade de gênero para parlamentares
- Maior representatividade feminina na política
Apesar dos desafios, Marina mantém o otimismo: "A cada nova geração de mulheres na política, avançamos um pouco mais". Sua fala ressalta a importância da persistência na luta por espaços mais igualitários.