Justiça condena mercado por não respeitar nome social de funcionário trans em SP
Justiça condena mercado por não usar nome social de trans

Um mercado na cidade de São Paulo foi condenado pela Justiça do Trabalho por se recusar a utilizar o nome social de um funcionário transgênero. A decisão, divulgada nesta quarta-feira (22), determina que o estabelecimento pague indenização por danos morais e implemente políticas de inclusão.

O caso

O trabalhador, cuja identidade foi preservada, relatou sofrer constrangimentos diários por ter seu nome de registro utilizado em documentos internos e comunicações, mesmo após solicitar formalmente a adoção de seu nome social. A recusa da empresa em acatar o pedido viola diretrizes do Ministério Público do Trabalho e da legislação brasileira.

Decisão judicial

A juíza responsável pelo caso destacou que:

  • A empresa deverá pagar R$ 15 mil em danos morais
  • É obrigatória a capacitação de todos os funcionários sobre diversidade
  • O nome social do trabalhador deve constar em todos os documentos internos
  • A empresa terá 60 dias para apresentar um plano de inclusão

Impacto social

Especialistas em direito trabalhista afirmam que a decisão reforça a jurisprudência sobre direitos da população trans no ambiente de trabalho. "Casos como esse mostram a importância do respeito à identidade de gênero como parte fundamental dos direitos humanos", comentou a advogada especialista em diversidade, Maria Fernanda Souza.

A sentença serve como alerta para outras empresas que ainda resistem em adotar práticas inclusivas, podendo evitar processos semelhantes com medidas simples de adequação.