
Há 19 anos, o Profissão Repórter mergulha nas complexidades da Cracolândia, região central de São Paulo marcada pelo uso intenso de crack e pela vulnerabilidade social. Ao longo desse período, a equipe do programa registrou histórias de dor, resistência e, em alguns casos, superação.
Os primeiros passos da cobertura
Em 2006, as primeiras reportagens mostraram um cenário caótico: centenas de pessoas consumindo drogas a céu aberto, em condições subumanas. O programa revelou a falta de políticas públicas eficientes para lidar com o problema.
Momentos marcantes
- 2008: A abordagem controversa da Operação Limpa, que dispersou usuários sem oferecer tratamento adequado
- 2012: A crise humanitária durante o inverno, com famílias inteiras vivendo nas ruas
- 2017: O desmonte da "cracolândia tradicional" e o surgimento de novos pontos de uso
- 2021: O aumento da violência durante a pandemia de COVID-19
O que mudou em duas décadas?
Apesar de diversas intervenções municipais e estaduais, especialistas apontam que o problema apenas se deslocou geograficamente. O consumo de crack continua sendo um desafio para a saúde pública e a segurança na capital paulista.
O olhar humanizado do Profissão Repórter
Diferente de outras coberturas sensacionalistas, o programa sempre buscou dar voz aos usuários, mostrando suas histórias pessoais e as falhas do sistema. Essa abordagem contribuiu para debates importantes sobre redução de danos e políticas de saúde mental.