
Era pra ser mais um dia normal na vida do vendedor de acarajé — aquele cheiro de dendê no ar, o vai e vem de clientes, o sol baiano batendo forte. Mas o destino pregou uma peça cruel. Por volta das 18h desta sexta (9), tiros ecoaram no bairro de São Caetano, em Salvador, e transformaram uma cena cotidiana em pesadelo.
Segundo testemunhas — que preferiram não se identificar, claro —, dois caras numa moto chegaram como furacão. Nem deu tempo do coitado reagir. Bang! Bang! E lá se foi mais uma vida perdida pra essa violência que não dá trégua.
O que se sabe até agora?
A polícia tá com a língua presa, mas os vizinhos falam em possível envolvimento com tráfico. Coisa de rixa entre facções, sabe como é? O local do crime, perto de uma comunidade, só piora as suspeitas. Mas cadê as provas? Ninguém viu nada, ninguém sabe de nada — o velho mantra do medo.
Detalhe macabro: o homem ainda tentou correr, mas os bandidos foram implacáveis. Acertaram o alvo com precisão de quem já fez isso antes. E depois? Sumiram no labirinto de ruas como fantasmas.
Reação da comunidade
Os fregueses habituais tão em choque. "Ele era gente boa, sempre sorridente", contou uma senhora, as mãos tremendo. Outros nem quiseram comentar — olhares pra baixo, passos apressados. Até quando vamos conviver com esse clima de guerra não declarada?
Enquanto isso, o acarajé esfriou na bancada. E a pergunta que não quer calar: quantos mais vão morrer antes de alguém fazer alguma coisa?