A tarde desta terça-feira (22) começou com o barulho de fogos — ou melhor, de tiros. Na pacata Região Oceânica de Niterói, o que deveria ser um dia comum transformou-se em cena de filme de ação. Dois homens, ainda não identificados, foram atingidos por disparos de arma de fogo. E não, não foi acidente de trabalho nem briga de trânsito.
Segundo testemunhas — aquelas que não correram para se esconder —, tudo começou com uma discussão acalorada entre dois grupos. Palavras levaram a empurrões, empurrões a ameaças e, quando alguém gritou "é tiro!", a rua virou um pandemônio. Os dois feridos, segundo fontes não oficiais, teriam ligações com facções locais. Mas a polícia, é claro, não confirma nada ainda.
O socorro
Um dos baleados levou um tiro na perna. O outro, mais grave, foi atingido no abdômen. Moradores, entre sustos e xingamentos, chamaram o SAMU. Os paramédicos chegaram em tempo recorde — coisa rara nesses casos — e fizeram os primeiros socorros no local mesmo, entre poças de sangue e olhares curiosos de quem passava.
"Parecia cena de novela das nove", comentou uma senhora que pediu para não ser identificada. "Só faltou a trilha sonora dramática."
E a polícia?
Ah, a polícia! Demorou, mas apareceu. Quando chegou, os atiradores já tinham virado fumaça — como sempre acontece nesses casos. Agora, os investigadores tentam descobrir se foi briga de traficantes, acerto de contas ou apenas mais um capítulo da violência urbana que insiste em assombrar o Rio.
Enquanto isso, na delegacia, o boletim de ocorrência deve estar sendo registrado com aquele jeito burocrático de sempre. E as famílias dos feridos? Bom, essas devem estar nos hospitais, entre lágrimas e rezas, torcendo para que seus "meninos" sobrevivam para contar a versão deles.
Uma coisa é certa: o verão em Niterói começou quente — e não estamos falando do clima.
