
Era uma tarde como qualquer outra em São Carlos — até que o inesperado aconteceu. Nicolly Pogere, uma garota de 15 anos com olhos que brilhavam mais que o sol do meio-dia, teve sua vida ceifada de forma brutal. O que restou foram perguntas sem resposta e uma comunidade em choque.
Quem era essa menina? Alguém diria "mais uma estatística", mas os que a conheciam sabem: Nicolly era o tipo de pessoa que iluminava o cômodo ao entrar. Cursava o 9º ano, adorava TikTok (aqueles vídeos de dança que fazem qualquer um sorrir) e sonhava em ser veterinária. Tinha um jeito especial com animais — os cachorros de rua sempre a seguiam até a escola.
O dia que mudou tudo
Naquela quinta-feira, 17 de julho, Nicolly saiu mais cedo da aula. "Volto logo", disse à melhor amiga. Três horas depois, seu corpo foi encontrado num terreno baldio próximo ao Jardim Gonzaga. A polícia trabalha com duas linhas: latrocínio (porque sua mochila sumiu) ou ajuste de contas (sim, uma adolescente!). Absurdo? Demais.
Detalhes que cortam a alma: ela usava uma pulseira com o nome da avó, Dona Marta, falecida em 2023. "Era tudo pra ela", conta a mãe, em prantos. O velório lotou o Centro Comunitário do bairro — flores, cartas, velas. Muita gente que nem a conhecia foi prestar solidariedade.
Repercussão e investigação
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Enquanto isso, na escola estadual onde estudava, colegas criaram um mural com fotos e mensagens. "Ela merecia ver o mundo", diz uma carta anônima presa com fita adesiva já descolando. A diretora, normalmente durona, não conseguiu conter as lágrimas ao falar sobre Nicolly durante o recreio.
E agora? O delegado responsável promete respostas em até 30 dias, mas sabe-se como é — promessas viram pó quando o caso esfria. Enquanto isso, São Carlos tenta digerir mais essa dor. Não é a primeira, infelizmente. Dificilmente será a última.