
Salvador acordou sob o impacto de mais uma cena de horror. Nesta madrugada, três corpos de jovens foram encontrados em um terreno baldio no bairro de Paripe — e o detalhe que gelou até os policiais mais experientes: todos tinham os pés amarrados, como se tivessem sido arrastados.
Segundo testemunhas que preferiram não se identificar (com razão, diga-se), os tiros ecoaram por volta das 3h da manhã. "Parecia rojão, mas aí veio a sequência... aí a gente soube", contou um morador, ainda abalado.
Cena meticulosamente cruel
Os peritos trabalharam por horas no local. E não foi à toa: além das amarras nos tornozelos, os corpos apresentavam sinais de execução sumária — tiros à queima-roupa, na nuca. Um método que, infelizmente, virou quase rotina em certas áreas da cidade.
"Quando você acha que já viu de tudo, aparece uma cena dessas", confessou um investigador veterano, esfregando os olhos cansados. "Isso aqui não é trabalho de amador."
Quem eram as vítimas?
Os três rapazes — dois de 19 anos e um de 22 — tinham passagens pela polícia por pequenos delitos. Mas será que isso justifica tamanha barbárie? A pergunta ficou pairando no ar abafado da delegacia.
- Marcos Antônio, 22 anos — trabalhava como entregador
- Carlos Eduardo, 19 anos — estudante de mecânica
- Rafael Souza, 19 anos — ajudante de pedreiro
As famílias, em choque, se recusaram a falar com a imprensa. Quem pode culpá-las?
O que dizem as autoridades?
O secretário de Segurança Pública prometeu "medidas enérgicas" — aquela velha frase que todo mundo já decorou. Enquanto isso, os moradores de Paripe seguem trancados em casa antes do anoitecer, com medo de ser a próxima vítima.
"A gente vive igual rato, saindo só de dia", desabafou Dona Maria, 67 anos, enquanto arrumava a barraca de acarajé com mãos trêmulas.
O caso lembra outros três ocorridos nos últimos meses na região metropolitana. Coincidência? Difícil acreditar. A polícia nega ligação entre os casos, mas... será mesmo?