O clima pesado tomou conta de Ipubi, no sertão pernambucano, nesta quinta-feira (1°). Um homem — cuja identidade ainda não foi divulgada — teve a vida ceifada de maneira brutal dentro de uma fábrica de farinha. Facadas. Muitas. A cena, digna de filme de terror, deixou até os policiais mais experientes arrepiados.
Segundo testemunhas, tudo aconteceu por volta das 10h da manhã. O local, normalmente barulhento com o vai-e-vem da produção, ficou em silêncio gelado após os gritos. "Parecia um pesadelo", contou um funcionário que pediu para não ser identificado — o medo ainda falava mais alto.
O que se sabe até agora?
- A vítima tinha entre 35 e 40 anos
- O assassino fugiu sem deixar rastros — será que conhecia a vítima?
- A arma do crime não foi encontrada
- A motivação segue um mistério mais denso que o pó de farinha no ar
A Delegacia de Homicídios de Petrolina já assumiu o caso. Os peritos trabalharam por horas no local, recolhendo cada migalha de evidência. "É cedo para conclusões", admitiu um investigador, enquanto enxugava o suor da testa sob o sol de 35°C.
Na vizinhança, o burburinho não para. Uns falam em dívida não paga. Outros, em ciúmes. Tem até quem aponte para briga de família. No sertão, onde todo mundo sabe (ou acha que sabe) da vida alheia, as versões se multiplicam feito capim depois da chuva.
E agora?
A fábrica, principal empregadora da região, ficará fechada "por tempo indeterminado". Para os trabalhadores, além do susto, a preocupação com o susto — digo, o sustento. Enquanto isso, o IML leva o corpo para autópsia. E a cidade, que ontem vivia sua rotina pacata, hoje só fala nisso: quem seria capaz de tamanha crueldade?
Uma coisa é certa: em Ipubi, o cheiro de farinha nunca mais será o mesmo.
