Numa manhã que prometia ser como qualquer outra na Zona Sul de João Pessoa, o silêncio foi quebrado por gritos e – pasme – pelo estampido seco de pelo menos dois disparos. Por volta das 8h30 desta sexta-feira, 5 de setembro, a rotina pacata do bairro de Tambaú foi violentamente interrompida por uma cena de puro horror.
Testemunhas, ainda sob o choque do que presenciaram, contam que dois indivíduos – desses que a gente só vê em filme de ação, mas infelizmente bem reais – se aproximaram de um homem que estava distraído, quiçá pensando no final de semana que se aproximava. A intenção deles? Roubar seu celular, claro. O bem material mais cobiçado da atualidade.
Mas eis que o script não saiu como planejado. A vítima, num ato de coragem ou talvez de desespero incontido, decidiu não cooperar. Enfrentou os marginais. A reação foi imediata, violenta e, no final das contas, sangrenta. Um dos bandidos, nervoso ou simplesmente cruel, puxou da arma e efetuou os disparos. O projetil atingiu o braço do homem, que caiu no chão enquanto os assaltantes fugiam – que surpresa – sem levar nada.
O socorro e a busca por respostas
O Samu foi acionado rapidamente e, pra sorte do ferido, chegou num piscar de olhos. Os paramédicos, verdadeiros heróis do dia a dia, encontraram um homem consciente, mas assustado e com uma lesão perfurante no membro superior. Ele foi estabilizado no local e depois transportado para um hospital da região. Pelas informações que circulam, seu estado de saúde é estável. Um alívio, convenhamos, num mar de notícias ruins.
E a Polícia Militar? Bom, eles apareceram pra fazer a ocorrência, como manda o figurino. Registrou o caso como tentativa de latrocínio – que palavra pesada, não? – e saiu em busca dos meliantes. Até agora, nenhum suspeito foi capturado. A sensação que fica é aquela de insegurança, de que isso pode voltar a acontecer a qualquer momento, com qualquer um de nós.
O caso serve como um alerta brutal para a população. A criminalidade anda solta, cada vez mais ousada, agindo em plena luz do dia. É preciso atenção redobrada, é claro, mas também – e principalmente – que as autoridades ajam de forma mais efetiva. João Pessoa merece mais do que isso.
