As câmeras de segurança não mentem — e dessa vez, registraram cada segundo trágico de um crime que chocou a região metropolitana de Belo Horizonte. Na última terça-feira (2), por volta das 15h, um gari de 42 anos foi assassinado a tiros… e tudo começou com uma discussão aparentemente banal.
O autor dos disparos? Um empresário de 59 anos, dono de uma oficina mecânica. A vítima, um trabalhador que cumpria sua função na Rua Sapucaí, no bairro Flamengo, em Contagem.
A sequência é de cortar o coração: nas imagens, vê-se o empresário saindo pela varanda de sua casa armado. Ele aponta a arma para o gari, que recua — assustado, tentando se proteger. Dois tiros ecoam. Um atinge o peito do trabalhador, que não resistiu.
“Ele nem tentou se esconder”, diz testemunha
Uma vizinha, que preferiu não se identificar, contou em tom de indignação: “O cara agiu como se estivesse no faroeste. Atirou da varanda, na frente de todo mundo, em plena tarde”. De fato, a frieza choca mais que o barulho dos disparos.
O empresário foi preso em flagrante. Na delegacia, a defesa tentou argumentar que teria havido “ameaça prévia” — alegação que a polícia trata com ceticismo. Nada justifica executar um homem em plena via pública.
Repercussão e comoção
Nas redes, o caso viralizou. Muita gente questiona: até quando a violência será a resposta para conflitos cotidianos? O gari deixa família, amigos, e um ofício que, embora muitas vezes invisível, mantém a cidade funcionando.
Ele morreu no local, sem chance de socorro. O empresário responde por homicídio doloso — e a promotoria já sinaliza que vai pedir a prisão preventiva. A arma do crime foi apreendida.
Um dia normal de trabalho terminou em tragédia. E uma filmagem, que deveria ser apenas rotina de segurança, tornou-se a prova principal de um assassinato.
