Era pra ser uma noite como qualquer outra em Presidente Médici, aquela cidadezinha no coração de Rondônia onde todo mundo se cumprimenta na padaria. Mas o silêncio da madrugada de segunda-feira foi quebrado por rajadas de tiros — o tipo de barulho que faz os vizinhos se arrepiarem antes mesmo de olhar pela janela.
Dois homens, ainda não identificados oficialmente (mas que, segundo o boato da rua, tinham entre 25 e 30 anos), foram executados a queima-roupa. A cena era digna de filme policial: corpos caídos na calçada, um chinelo perdido a metros dali, e aquele cheiro de pólvora que demora a sair do ar.
O que se sabe até agora
A Polícia Civil tá com a língua presa — e quem já cobriu caso de homicídio sabe como é. Eles confirmam que as vítimas receberam vários disparos, mas não soltaram detalhes sobre armas ou motivação. "Trabalho de formiguinha", definiu um delegado que preferiu não se identificar, enquanto recolhia provas no local.
Moradores da região contam que ouviram pelo menos três veículos acelerando depois dos tiros. Ninguém viu nada, ninguém sabe de nada — o velho refrão de quem tem medo de represálias. Até o dono do bar mais próximo, que normalmente fica aberto até tarde, fechou as portas mais cedo "por precaução".
O outro lado da história
Enquanto isso, nas redes sociais, os comentários fervilham. Teorias vão desde acerto de contas do tráfico até briga por dívida de jogo. Um usuário chegou a postar: "Aqui tá virando terra sem lei mesmo...". Exagero? Talvez. Mas o fato é que o crime organizado tem crescido na região — e os números oficiais confirmam.
O que mais choca nesses casos é a frieza. Dois caras, provavelmente com família, sonhos, contas pra pagar... transformados em estatística antes do café da manhã. Enquanto a polícia não avança nas investigações, a cidade fica nesse suspense macabro — quem será o próximo a comentar o caso no boteco, fingindo que não tá com medo?
