Manaus em Choque: Dupla Execução Feminina em Menos de 60 Minutos Expõe Crise de Segurança
Dupla execução feminina abala Manaus em menos de 1 hora

A noite de domingo em Manaus foi marcada por uma sucessão de violência que deixou a cidade em estado de choque. Duas vidas femininas foram interrompidas brutalmente—e o mais aterrador: tudo aconteceu num intervalo de tempo tão curto que não deu nem para respirar direito.

Primeiro foi por volta das 20h30, no bairro Japiim, zona sul. Uma mulher de 42 anos—cujo nome ainda aguarda liberação pela família—foi surpreendida por homens armados dentro de sua própria casa. Os disparos ecoaram na quietude domingueira como um pesadelo que se materializava. Vizinhos relataram à polícia que ouviram gritos, depois os estampidos secos, e então… silêncio. Um daqueles silêncios que dói na alma.

Mas a tragédia, parece, estava com pressa. Mal a notícia começava a correr pelos grupos de WhatsApp, e eis que—incríveis 50 minutos depois—outro crime quase idêntico acontecia a quilômetros dali, no Parque 10 de Novembro, zona centro-sul. Desta vez, uma jovem de 28 anos foi alvejada com pelo menos oito tiros. Oito! A frieza dos números não consegue transmitir o horror da cena.

Padrão ou coincidência macabra?

O que mais assusta nessas histórias—além da obviedade da perda de vidas—é a quase coreografia dos acontecimentos. Dois assassinatos. Dois alvos femininos. Dois métodos similares. E menos de uma hora separando uma tragédia da outra. Será que estamos diante de algo planejado, ou o destino simplesmente decidiu ser particularmente cruel com Manaus nesse domingo?

Testemunhas do segundo caso contaram à reportagem—com vozes ainda trêmulas—que ouviram uma moto acelerando logo após os disparos. Aquela velha combinação nefasta que virou triste rotina em muitas cidades brasileiras: moto, armas e anonimato. Mas detalhes concretos? Esses continuam escassos como água no deserto.

O que as autoridades dizem?

A Polícia Civil—é claro—afirma que investiga possíveis conexões entre os crimes. Mas sabe como é… essas coisas levam tempo, e o povo fica ali, naquele fio de navalha entre a esperança por justiça e o medo de que algo parecido possa acontecer de novo.

Curiosamente—ou assustadoramente—ambos os corpos foram encaminhados ao mesmo Instituto Médico Legal. Dois casos, mesmo destino final, mesma espera angustiante das famílias por respostas que talvez nunca venham.

Enquanto isso, Manaus segue tentando entender o que houve. Nas ruas dos bairros onde os crimes ocorreram, o clima é de apreensão. Você vê pessoas conversando em grupos baixinho, olhando por cima do ombro a cada moto que passa. O medo—aquele companheiro indesejado—se instalou de vez.

E a pergunta que não quer calar: quantas vidas precisam ser interrompidas antes que a violência—essa epidemia que consome nosso país—receba a atenção urgente que merece? Domingo à noite deveria ser tempo de descanso, não de luto.