
Era pra ser mais uma noite comum, sabe? Aquela volta pra casa depois do trabalho, o rádio tocando baixo, a estrada escura pela frente. Mas a vida às vezes vira do avesso num piscar de olhos — e foi exatamente isso que aconteceu na MT-010, na altura de Chapada dos Guimarães, na última sexta-feira.
Dentro de um carro, uma mulher de 32 anos, que construía uma carreira como designer de unhas, teve tudo interrompido de forma brutal e inexplicável. Tiros. Muitos tiros. E o silêncio que veio depois foi o mais aterrador de todos.
O que se sabe até agora
Segundo a polícia, o casal trafegava pela rodovia quando foi surpreendido por disparos. Ela, que estava no banco do passageiro, foi atingida. O marido, ileso, conseguiu levar a esposa até o pronto-socorro mais próximo, mas não adiantou. O ferimento era grave demais.
— A vítima chegou sem sinais vitais, infelizmente — contou um funcionário do hospital, sob condição de anonimato. — Fizemos de tudo, mas já era tarde.
Ninguém entende o motivo. Roubo? Vingança? Briga de trânsito? A verdade é que, até agora, não há pistas sólidas sobre quem atirou ou por quê. A Polícia Militar registrou o caso como homicídio doloso — quando há intenção de matar — e corre atrás de imagens de câmeras da região.
Quem era a vítima
Ela era mais do que uma profissional de beleza. Era esposa, sonhadora, alguém que transformava mãos com delicadeza e talento. O marido, em estado de choque, mal consegue falar. Amigos e clientes descrevem-na como uma pessoa «do bem», sempre sorridente e dedicada.
— Ela era incrível, uma artista — lembra uma cliente. — Como algo assim pode acontecer?
Pois é. A pergunta que fica é justamente essa: como? E por quê? Num trecho de rodovia, sem testemunhas aparentes, um crime que parece não fazer sentido nenhum — a não ser para quem cometeu.
O caso agora está nas mãos da Delegacia de Homicídios. Investigadores buscam por provas, por imagens, por qualquer coisa que ajude a entender essa história triste e, até agora, sem respostas.
Enquanto isso, uma família chora. E uma comunidade inteira se pergunta até quando a violência vai seguir escrevendo finais tão cruéis.