O que deveria ser um dia comum terminou em cena de horror na pacata Bom Jardim. Por volta das 21h desta segunda-feira (21), os vizinhos ouviram o que pareciam fogos de artifício — até descobrirem que eram disparos. Muitos disparos.
Quando a polícia chegou ao endereço na Rua das Acácias (nome fictício para preservar a investigação), encontrou os corpos de Marcos, 38, e Juliana, 35, espalhados pela sala. Ele, caído perto da televisão ainda ligada num programa de culinária. Ela, a poucos metros da porta dos fundos, como quem tentou fugir.
Detalhes que assustam
Os investigadores encontraram pelo menos 15 cápsulas de calibre 9mm. "Não foi um crime passional, foi uma execução", comentou um delegado que pediu anonimato. Os assassinos pareciam saber exatamente o que faziam — entraram, cumpriram o serviço e sumiram sem deixar rastros.
Curiosamente, nenhum objeto de valor foi levado. Nem mesmo a TV de 50 polegadas ou o notebook em cima da mesa. Isso alimenta a tese de acerto de contas, embora vizinhos afirmem que o casal "não se metia em confusão".
Reações da comunidade
"Eles eram quietos, pagavam as contas em dia, o Marcos até ajudava a organizar a festa junina aqui do bairro", contou Dona Marta, dona da vendinha da esquina, ainda em choque. Outros moradores, porém, pediram para não ter os nomes divulgados — "medo de represálias", justificaram.
A delegacia regional já abriu inquérito, mas até o fechamento desta matéria, nenhum suspeito havia sido identificado. O caso lembra outros assassinatos brutais na região nos últimos meses, o que acende o alerta: até quando a violência vai dominar cidades do interior?
