
Os advogados de Carla Zambelli — aquela figura que não sai dos holofotes nem quando tenta — estão bolando um plano audacioso. E não, não é roteiro de série da Netflix. A jogada? A tal da Lei Magnitsky, aquela legislação americana que virou arma contra violadores de direitos humanos mundo afora.
Parece coisa de filme, mas é a vida real: a defesa da ex-deputada avalia acionar esse mecanismo para trancar o processo de extradição movido pela Itália. Motivo? Alegam que Zambelli sofreria perseguição política — porque no Brasil de 2024, tudo vira perseguição, né?
O que dizem os bastidores
Fontes próximas ao caso — daquelas que falam só sob condição de anonimato — contam que a estratégia está sendo costurada com linha e agulha fina. A ideia seria argumentar que:
- A solicitação italiana teria motivação política (surpresa, zero)
- Haveria risco à integridade física da ex-parlamentar
- O caso se enquadraria como abuso de poder judiciário
Não é moleza. A Lei Magnitsky, batizada em homenagem a um contador russo morto na prisão, permite sanções contra indivíduos — congelamento de bens, proibição de entrada nos EUA. Agora, usá-la como escudo contra extradição? Isso é novidade até para os juristas mais tarimbados.
Os percalços jurídicos
O problema — porque sempre tem um — é que a jogada depende de uma série de fatores:
- Os EUA precisariam comprar a narrativa de perseguição
- O governo brasileiro teria que engolir a estratégia sem fazer cara feia
- A Itália não poderia apresentar provas irrefutáveis
E tem mais: especialistas em direito internacional ouvidos pela reportagem soltaram aquele suspiro cansado ao comentar o caso. "Teoricamente possível, praticamente improvável", resumiu um deles, entre um gole de café e outro.
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização bate recordes. De um lado, os que chamam a manobra de "golpe low profile". Do outro, os que defendem que "tudo vale quando o sistema está contra você". E no meio? O cidadão comum, tentando entender por que diabos o caso não sai dos trending topics.
Uma coisa é certa: se der certo, abre um precedente perigoso. Se der errado, vira mais um capítulo da novela "Brasil: País dos Expedientes Criativos". Fiquemos de olho — porque nesse ritmo, até o STF vai precisar de pipoca.