Eis que a tarde de terça-feira, aparentemente comum em Franca, no interior paulista, foi interrompida por um estrondo de metal e vidro. E no centro da confusão, sabe quem? Ninguém menos que um representante do povo, o vereador Adilson Elói (PL). Acontece que o nobre parlamentar, digamos, esqueceu o 'nobre' na hora de cumprir seu dever mais básico: ser um ser humano decente.
O que se seguiu foi uma cena de puro desrespeito. Após colidir seu carro com uma moto na Avenida Rio Negro, o que ele fez? Será que parou para ver se o motociclista estava vivo, sangrando, precisando de ajuda? Nem pensar. O cidadão deu no pé. Sim, você leu certo. Abandonou o local como se nada tivesse acontecido, deixando para trás um homem caído no asfalto.
O Desenrolar de um Absurdo Anunciado
Testemunhas, ainda atordoadas com a cena, garantiram à polícia que foi ele mesmo ao volante. O veículo, uma Toyota SW4 de cor escura, bateu na moto e seguiu como um raio—um verdadeiro ato de covardia sobre rodas. O motociclista, um trabalhador de 38 anos, foi levado para o hospital com ferimentos. Nada grave, graças a Deus, mas e se fosse? O vereador nem esperou para descobrir.
Pouco depois, ele apareceu na delegacia. Mas não se engane—não foi por um surto de consciência. A verdade é que a pressão começou a crescer, e ele se apresentou acompanhado de um advogado. A versão? Ah, a clássica. Disse que não fugiu, apenas foi estacionar o carro num local 'seguro' e depois... esqueceu de voltar? Francamente. Até meu neto de cinco anos inventa desculpas melhores.
Além do Acidente: Uma Questão de Caráter
O caso vai muito além de uma simples infração de trânsito. Tocou numa ferida que a sociedade já conhece bem: a sensação de impunidade de certos figurões. Enquanto você e eu seríamos enquadrados na hora, ele tentou se esquivar. A delegada responsável pelo caso, com uma paciência de jó, já adiantou: as investigações seguem para apurar o abandono do local—um crime inafiançável, diga-se de passagem.
O povo de Franca não merece isso. Elegemos políticos para representar nossos interesses, não para dar show de irresponsabilidade no trânsito. O que esse episódio revela é uma falta de caráter gritante. E olha, no interior, onde todo mundo se conhece, uma ação dessas ecoa como um tiro. A reputação dele? Bom, depois dessa, está mais furada que queijo suíço.
O pior de tudo é pensar que, enquanto o cidadão comum se desdobra para cumprir as leis, alguns se acham acima delas. Será que o vereador vai encarar as consequências, ou vai usar seu mandato como escudo? A população está de olho. E a justiça, assim esperamos, também.
