
Um caso que chocou a região de Feira de Santana pode ganhar um novo capítulo: o vereador acusado de tentativa de feminicídio está prestes a retomar seu cargo na Câmara Municipal. A situação, que já divide opiniões, reacende o debate sobre a relação entre política e justiça.
O caso em detalhes
O parlamentar foi afastado após ser investigado por um suposto atentado contra a vida de uma mulher, crime enquadrado como tentativa de feminicídio. O processo judicial, no entanto, ainda não teve um desfecho definitivo, o que abre caminho para seu retorno à Casa Legislativa.
Repercussão e críticas
Movimentos sociais e defensores dos direitos das mulheres já manifestaram preocupação com a possível volta do vereador. "É um precedente perigoso", afirma uma ativista local, que prefere não se identificar. "Envia a mensagem errada para a sociedade".
O que diz a lei?
Juristas explicam que, tecnicamente, o afastamento de um parlamentar só é obrigatório após condenação em última instância. Enquanto o processo corre na Justiça, o acusado pode exercer o mandato – mesmo em casos graves como este.
- O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público da Bahia
- Organizações femininas prometem protestos caso a reintegração seja confirmada
- O vereador nega as acusações e afirma que é vítima de perseguição política
A situação coloca em xeque não apenas a atuação do legislativo local, mas todo o sistema de combate à violência contra a mulher no Brasil. Especialistas alertam para o risco de casos como esse desencorajarem vítimas a denunciar agressores com mandatos ou influência política.