
O clima nos tribunais americanos esquentou nesta sexta-feira (19) com uma ação que promete dar o que falar. Donald Trump — sim, aquele mesmo que nunca sai dos holofotes — decidiu processar um grande jornal por publicar o que seria uma correspondência pessoal endereçada a Jeffrey Epstein, o falecido financista acusado de crimes sexuais.
Não é de hoje que o ex-presidente tenta se distanciar dessa associação incômoda. Mas dessa vez, a coisa pegou fogo. O veículo em questão teria obtido a tal carta — cuja autenticidade ainda está sob debate — e resolvido estampar na primeira página, sem dó nem piedade.
O que diz a tal carta?
Bom, aí é que está o pulo do gato. Ninguém sabe ao certo — e é justamente isso que tá deixando todo mundo com os nervos à flor da pele. Fontes próximas ao caso falam em um conteúdo "delicado", mas ninguém mostra a prova concreta. Conveniente, não?
Advogados de Trump já saíram gritando aos quatro ventos que se trata de uma farsa, uma tentativa desesperada de manchar a reputação do político. "Fake news da grossa", como diria o próprio interessado em seus famosos ataques à imprensa.
E os jornais? Como reagiram?
O veículo acusado — que preferiu não se identificar inicialmente — se defende dizendo que cumpriu seu papel jornalístico. "Temos o dever de informar", soltaram em nota cheia de juridiquês que mais parece um manual de autoajuda para repórteres.
Mas será mesmo? Alguns especialistas em ética jornalística torcem o nariz. "Publicar sem confirmar a autenticidade é jogar gasolina na fogueira", dispara um professor de comunicação que pediu para não ser identificado — ironia das ironias.
O que isso significa para Trump?
Para um cara que já coleciona processos como outros colecionam selos, mais um não faria tanta diferença. Mas dessa vez o buraco pode ser mais embaixo. A associação com Epstein — mesmo que indireta — é como um fantasma que insiste em assombrar sua carreira política.
Nas redes sociais, a polarização já começou. De um lado, os apoiadores fervorosos que juram de pés juntos que é mais uma perseguição. Do outro, os críticos esfregando as mãos com a possibilidade de finalmente "pegar o Trump com as calças na mão", como disse um tuíte viral que já acumula milhares de curtidas.
Enquanto isso, nos corredores do poder, o silêncio é ensurdecedor. Muitos políticos — inclusive aqueles que adoram um holofote — parecem ter desenvolvido uma súbita alergia a microfones quando o assunto é Epstein.
Uma coisa é certa: esse processo vai render. E não estamos falando só de dinheiro — mas de manchetes, especulações e muito, muito debate sobre os limites entre liberdade de imprensa e difamação.