
Não é de hoje que a sombra de Jeffrey Epstein assombra os corredores do poder — e agora, em plena temporada eleitoral, os adversários de Donald Trump parecem decididos a arrastar esse fantasma de volta ao palco. Convenhamos: a jogada é previsível, mas eficaz. Afinal, quem não se lembra daquelas fotos antigas do ex-presidente ao lado do falecido financiador, sorrindo como velhos amigos em festas de elite?
O jogo político por trás das acusações
Os democratas, claro, não inventaram essa ligação — ela existe, sim, mas está longe de ser tão cristalina quanto pintam. Trump sempre negou qualquer proximidade além do trivial "conhecer de vista", como se diz por aí. Mas política é guerra, e na guerra vale tudo. O timing? Impecável. Basta um tuíte bem colocado para o assunto viralizar.
E olha que interessante: enquanto isso, os mesmos que criticam Trump parecem convenientemente esquecer certas outras amizades ilustres de Epstein. Seletividade? Hipocrisia? Ou apenas o jogo sujo da política como sempre foi?
Os documentos e o que realmente revelam
Aqueles papéis liberados recentemente? Na prática, não trazem nada de bombástico sobre Trump — no máximo, confirmam o óbvio: eles se cruzaram em eventos sociais, como centenas de outras personalidades. Mas quem tem tempo para nuances quando um título sensacionalista rende mais cliques?
- Fotos de décadas atrás ressurgem como "prova"
- Depoimentos ambíguos são interpretados como condenações
- A narrativa se espalha antes que os fatos sejam checados
Não me entenda mal: Epstein era um monstro, isso é incontestável. Mas transformar cada pessoa que já esteve no mesmo CEP que ele em cúmplice? Aí já é forçar a barra — ou melhor, a guilhotina.
Por que isso importa agora?
Simples: eleição nos EUA é briga de cachorro grande, e qualquer lama serve. Os estrategistas democratas sabem que, mesmo sem provas concretas, o estigma de associar o nome de Trump a Epstein pode causar danos. É o velho "onde há fumaça, há fogo" — mesmo que alguém esteja só fumando um charuto inocente por perto.
E tem outro detalhe: o eleitorado conservador, aquele mesmo que perdoou tantas polêmicas, pode não engolir tão fácil dessa vez. Ou será que vai? Americanos têm memória curta quando convém.
Enquanto isso, nas redes sociais, a batalha é outra — memes, deepfakes, teorias conspiratórias... Tudo vira arma nessa guerra onde a verdade muitas vezes é a primeira baixa.