
Eis que a Justiça finalmente mostra suas garras — e dessa vez, não há privilégio que escape. Numa virada que muitos consideram histórica, o ex-deputado conhecido como TH Joias perdeu seu foro por prerrogativa de função e agora responderá na Justiça Federal por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Sim, leu bem: o mesmo caso que já rendeu páginas e páginas de reportagens acaba de ganhar um capítulo decisivo.
O Ministério Público Federal não poupou esforços. Alegou — e a Justiça concordou — que não há mais motivo para manter o foro especial, já que o acusado não ocupa mais cargo público. A decisão saiu da 5ª Vara Federal Criminal do Rio, nas mãos do juiz Marcelo da Costa Bretas, que já é conhecido por não fugir de polêmicas.
E o que isso significa na prática? Bom, basicamente, o processo agora segue em frente sem a proteção do foro privilegiado — aquele que, vamos combinar, às vezes mais atrapalha do que ajuda. TH Joias será julgado como qualquer outro cidadão. E as acusações são pesadas: corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dentro de um esquema que movimentou — pasmem — mais de R$ 20 milhões.
Os detalhes que chocam (e explicam tudo)
Segundo as investigações, o ex-parlamentar recebeu valores altíssimos de empresários. Em troca? Favores políticos, é claro. E não foi pouco: estamos falando de propina pura e dura, disfarçada de transação comercial — mas que, na real, era só mais uma jogada de lavagem de dinheiro.
Uma das transações mais emblemáticas envolve nada menos que uma joalheria de luxo. Daí veio o apelido que grudou: TH Joias. Pois é. Às vezes a vida imita mesmo a sátira.
E não para por aí. A Polícia Federal identificou que parte do dinheiro desviado foi usado na compra de imóveis de alto padrão — porque, afinal, nada como investir em bons tijolos quando se quer esconder capital ilícito, não é?
O que esperar agora?
Com a perda do foro, o processo deve andar mais rápido — ou, pelo menos, sem tantos obstáculos jurídicos. A defesa, como era de se esperar, ainda pode recorrer. Mas a sensação geral é que o tabuleiro mudou. E a opinião pública, cansada de impunidade, parece aprovar.
Não é todo dia que um caso desses toma uma direção tão clara. A Justiça parece disposta a seguir até o fim — e agora, sem o escudo do foro por função, fica mais difícil empurrar a responsabilidade com a barriga.
Fica o alerta: o mensageiro pode até mudar, mas a mensagem é clara. Quem erra, paga. Ou pelo menos, é o que a gente espera.