
Eis que a Polícia Federal, numa daquelas reviravoltas que parecem saídas de um roteiro de filme, escancara um daqueles esquemas que a gente até desconfiava, mas não tinha a menor ideia de como funcionava. A coisa é séria, e um tanto quanto ousada, pra dizer o mínimo.
Pois é, meus amigos. A empresa TH Jóias, aquela do empresário Henry Jóias — que já está atrás das grades, diga-se de passagem — decidiu dar uma mãozinha… ou melhor, um emprego. E não foi pra qualquer um. A escolhida para uma vaga comissionada na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) foi a esposa de um traficante poderoso da região do Lixão, no entorno do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho.
Não, você não entendeu errado. A informação é essa mesma e veio diretamente dos investigadores da PF, que estão com os olhos bem abertos nessa operação que batizaram de… adivinhem? TH Jóias.
O Laço Entre o Crime e o Poder Público
O traficante em questão é conhecido pelas investigações como ‘Índio’ — um dos chefes do tráfico que age na área do antigo aterro, local que, convenhamos, já foi palco de histórias das mais cinzas. A mulher dele, segundo a PF, foi contratada pela TH Jóias e alocada na Alerj. Sim, você leu certo: uma empresa privada, de um empresário investigado por lavagem de dinheiro, colocou uma pessoa ligada ao tráfico dentro do legislativo estadual.
Parece roteiro de série, mas é a pura realidade. A função dela era de assessora parlamentar, um cargo que, em tese, deveria servir ao interesse público. Mas que, neste caso, servia a interesses que beiram o inacreditável.
O Que a Investigação Mostra?
A PF foi categórica: a contratação não foi aleatória. Tinha um propósito claro — fortalecer laços e, muito provavelmente, facilitar negócios escusos. Henry Jóias, o dono da empresa, já foi preso preventivamente. Ele é acusado de comandar uma organização criminosa especializada em lavar dinheiro através — pasmem — do comércio de joias.
E não para por aí. A investigação aponta que a TH Jóias mantinha um relacionamento mais do que próximo com aquela que deveria ser sua antagonista: a máfia das apostas ilegais e do tráfico de drogas. A empresa atuava como ‘fachada de luxo’ para converter dinheiro ilegal em pedras preciosas, ouro e relógios caríssimos.
Nada como um brilho para esconder o que há de mais sujo, não é mesmo?
E Agora, o Que Esperar?
A operação TH Jóias segue em curso. Os policiais federais já cumpriram uma série de mandados de busca e apreensão, e a tendência é que mais nomes — e mais conexões absurdas — venham à tona.
Enquanto isso, a Alerj se vê novamente no centro de um escândalo que mistura poder, crime e muito, muito dinheiro. A pergunta que fica, e que todo carioca se faz, é: até onde vai essa teia?
Uma coisa é certa: a cidade maravilhosa não cansa de nos presentear com histórias que beiram o surreal. E essa, com certeza, não será a última.