
Eis que a justiça — lenta, mas inexorável — finalmente alcança mais um elo dessa cadeia de violência que abalou Taquaritinga. A Polícia Civil, num daqules movimentos precisos e calculados, prendeu na manhã desta segunda-feira (1º) o terceiro indivíduo suspeito de ter participado do assassinato brutal do ex-prefeito da cidade, José Carlos de Campos.
O clima? Tenso. A operação foi deflagrada por volta das 6h, e o alvo era um homem de 37 anos, cujo nome a políciá ainda mantém em sigilo — estratégia comum, já sabem, para não atrapalhar as investigações que ainda correm soltas. Ele foi encontrado e capturado sem reação na zona rural de Taquaritinga, escondido como ratazana assustada.
O que motivou o crime? Dinheiro. E política.
Pois é. Não foi crime passiona, rixa familiar ou qualquer coisa do tipo. A delegada Titina Cury, que comanda as investigações com pulso firme, não tem dúvidas: a motivação foi financeira. Havia uma dívida rolando, valores não quitados, e aí o caldo entornou. Campos, que era não só ex-prefeito mas também empresário, tinha seus perrengues financeiros — e alguém decidiu cobrar com violência.
Não foi um crime qualquer. Foi executado com requintes de crueldade, e tudo indica que foi encomendado. Dois outros suspeitos já estavam atrás das grades desde agosto, e agora a tampa do esquema começa a ser levantada de vez.
Um quebra-cabeça sendo montado
Os investigadores trabalham com a hipótese de que os três presos fizeram parte de um mesmo grupo — e que mais gente pode estar envolvida. A polícia já adiantou que busca agora o suposto mandante, aquele que teria ordenado a morte. E olha, pela forma como o crime foi executado, tudo leva a crer que foi coisa de gente organizada.
O ex-prefeito foi morto a tiros no dia 12 de agosto, dentro do próprio carro, numa rua tranquila de Taquaritinga. O veículo, um Honda Civic preto, ficou todo crivado — cenário dantesco, que comoveu até os investigadores mais experientes.
Agora, com a terceira prisão, a esperança é que surjam novas confissões, que o fio desembaralhe e a verdade venha à tona. A família de José Carlos aguarda, a cidade observa, e a polícia segue no encalço de quem ainda falta.