
Imagine a cena: um sujeito com um jaleco branco, sorriso profissional, atendendo pacientes como se fosse dentista de carteirinha. Só que não era. No Maranhão, um técnico em prótese dentária foi flagrado com a mão na massa — ou melhor, no motorzinho — exercendo ilegalmente a profissão de dentista.
E não foi numa salinha qualquer. O cara montou um consultório completo, com direito a cadeira odontológica, equipamentos e tudo mais. Uma clínica clandestina que funcionava como se fosse regular. Até parece roteiro de filme, mas é a pura realidade.
O vereador que arriscava sorrisos alheios
Aí você pensa: "Poxa, mais um caso de exercício ilegal da profissão". Mas espere até ouvir o restante. O indivíduo em questão não é um Zé Ninguém — é vereador! Isso mesmo, um representante do povo, eleito e reeleito, que deveria dar o exemplo.
Há 13 anos ele ocupa cargo na Câmara Municipal. Treze anos! Tempo suficiente para aprender que a lei vale para todos, inclusive para ele. Mas parece que achou que o diploma de vereador dava direito a brincar de dentista nas horas vagas.
Fiscalização pegou no pulo
A operação que desmontou a farsa foi coisa de cinema. Agentes do Conselho Regional de Odontologia (CRO-MA) e da Vigilância Sanitária chegaram de surpresa e pegaram o "falso doutor" com a boca na botija. Literalmente.
No local, encontraram de tudo: anestésicos, materiais odontológicos, até próteses sendo confeccionadas. Tudo sem qualquer autorização ou supervisão de um profissional habilitado. Uma verdadeira loteria para a saúde bucal dos pacientes.
"É um risco enorme", comenta um dentista que preferiu não se identificar. "Procedimentos mal feitos podem causar infecções graves, danos irreversíveis... É brincar com a saúde das pessoas."
E agora, José?
O caso já virou polêmica na cidade. Enquanto alguns defendem que "ele sempre fez um bom trabalho", outros questionam: até quando esse tipo de coisa vai continuar acontecendo? Afinal, se um vereador se acha acima da lei, que mensagem isso passa para a população?
O Conselho de Odontologia já anunciou que vai processar o indivíduo por exercício ilegal da profissão. Já na Câmara Municipal, a situação é mais delicada — afinal, o cargo de vereador não está diretamente ligado à formação profissional.
Mas uma coisa é certa: o caso vai dar pano pra manga. Entre processos judiciais, repercussão política e a saúde dos pacientes que foram atendidos na clínica irregular, esse é um daqueles escândalos que prometem render por muito tempo.
E você, o que acha? Um caso isolado ou reflexo de um problema maior? Deixe nos comentários — mas, por favor, vá ao dentista de verdade antes de opinar!