
Parece coisa de filme, mas é a pura realidade do Rio Grande do Sul. Ricardo Jardim, aquele que já comandou a EPTC de Porto Alegre, vive uma verdadeira montanha-russa judicial que deixaria qualquer roteirista de novela com inveja.
O cara foi condenado a nada menos que 17 anos de cana — e olha que a lista de crimes é longa: formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro... Um verdadeiro pacote completo de irregularidades.
O dia em que tudo mudou
Eis que chega quinta-feira, 4 de setembro. O juiz Marcelo Oliveira Machado, da 2ª Vara Criminal de Porto Alegre, simplesmente decide pela soltura do homem. Sim, você leu certo: soltura! A defesa alegou — pasmem — que ele não representava perigo para a sociedade e que já tinha cumprido parte da pena em prisão domiciliar.
Mas aqui vem a reviravolta que ninguém esperava: mal saiu da cadeia, Jardim simplesmente deu um sumiço. Sumiu como dinheiro de pinga em mesa de bar. A polícia agora está atrás dele, e a Interpol já foi acionada. Que papelão, não?
O caso que parece enredo de série policial
Ah, e tem mais — porque a coisa é bem mais complexa do que parece. Tudo começou com uma investigação que revelou um esquema de corrupção dentro da EPTC. E olha que o método era criativo: desvio de grana através de contratos fraudulentos com empresas fantasmas.
Lembra daquela história sinistra da mala com dinheiro e do corpo na rodoviária? Pois é, o caso tem conexões com esse episódio bizarro que chocou o país. Uma teia de crimes que parece não ter fim.
E agora? O Ministério Público não ficou nada satisfeito com a soltura e já anunciou que vai recorrer da decisão. Eles argumentam — com toda a razão — que o risco de fuga era mais do que óbvio.
Enquanto isso, a população fica se perguntando: como é que um condenado a 17 anos simplesmente é solto e some no mundo? A pergunta que não quer calar: até quando essa novela vai continuar?
Uma coisa é certa: o caso Ricardo Jardim virou um daqueles exemplos que todo mundo cita quando questiona o sistema judicial brasileiro. E não é pra menos — a situação é, no mínimo, surreal.