Presidente da Câmara de Vereadores é detido em Goiás por corrupção e vínculo com organização criminosa
Presidente da Câmara preso por corrupção em Goiás

Não é todo dia que um figurão da política local acorda com as mãos algemadas. Mas foi exatamente o que aconteceu nesta sexta-feira (9) em Goiás, onde o presidente da Câmara de Vereadores foi surpreendido por uma operação da Polícia Civil.

Segundo fontes próximas ao caso — que preferiram não se identificar —, o parlamentar estaria metido até o pescoço em um esquema que mistura desvio de verbas públicas, favorecimento ilícito e, pasmem, laços com uma organização criminosa. O que era para ser um cargo de representação do povo virou, nas palavras de um delegado, "um balcão de negócios escusos".

Operação surpreende pela ousadia das acusações

Pela manhã, enquanto a cidade ainda dormia, agentes executavam mandados de busca e apreensão em pelo menos cinco endereços. Documentos, computadores e até uma quantia em dinheiro não declarada foram apreendidos. Detalhe curioso: parte do material estava escondido atrás de uma falsa parede na casa do vereador.

O que mais chocou os investigadores foi a sofisticação do esquema. Não se tratava de um deslize ocasional, mas de um sistema organizado que, segundo as primeiras investigações, operava há pelo menos três anos. E olha que a operação ainda está no começo — tem muita coisa para vir à tona.

Reações da população e colegas de parlamento

Na rua, a população dividia-se entre indignação e aquela sensação de "eu já sabia". "Todo mundo desconfiava, mas faltavam provas", comentou uma comerciante que preferiu não se identificar. Já entre os colegas de legislativo, o silêncio era quase ensurdecedor — poucos quiseram se manifestar sobre o caso.

Curiosamente, alguns vereadores alegaram "surpresa" com as acusações, embora os boatos sobre irregularidades circulassem há tempos nos corredores da Câmara. Seria ingenuidade ou conivência? Difícil dizer.

Enquanto isso, o advogado do parlamentar preso garante que seu cliente é inocente e que tudo não passa de um "mal-entendido". Mas os investigadores parecem ter provas bem concretas para sustentar as acusações. Resta saber até onde vai o fio dessa meada...