
O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira, foi preso nesta sexta-feira (28) em uma operação da Polícia Federal que investiga um suposto vazamento de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação, batizada de "Operação Guardião", apura indícios de que dados confidenciais teriam sido acessados ilegalmente e usados para beneficiar o gestor municipal.
O que se sabe sobre a investigação
De acordo com fontes próximas ao caso, os investigadores acreditam que um grupo dentro do STJ teria repassado informações privilegiadas sobre processos judiciais envolvendo o prefeito. Esses dados teriam sido utilizados para antecipar decisões e influenciar ações políticas na capital tocantinense.
Os principais pontos da operação:
- Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao prefeito
- Computadores e documentos foram apreendidos
- A PF investiga possível formação de organização criminosa
- Suspeita de tráfico de influência e corrupção
Repercussão política
A prisão do prefeito, que está no segundo mandato, causou comoção no cenário político local. Aliados afirmam que se trata de uma "perseguição política", enquanto a oposição cobra transparência nas investigações.
O STJ, por sua vez, emitiu nota afirmando que "colabora integralmente com as investigações" e que mantém rígidos protocolos de segurança da informação. A corte negou, até o momento, qualquer falha em seus sistemas.
Próximos passos
Eduardo Siqueira deve ser interrogado ainda hoje pela Polícia Federal. A expectativa é que o Ministério Público Federal apresente formalmente as acusações nas próximas 48 horas.
Enquanto isso, a vice-prefeita assume interinamente a gestão municipal, garantindo a continuidade dos serviços essenciais em Palmas.