
O cenário político colombiano acordou de sobressalto nesta quarta-feira. Miguel Uribe — sim, aquele mesmo que vinha fazendo barulho nas prévias eleitorais — não vai mais disputar a presidência. E não foi por desistência. Um atentado brutal cortou sua trajetória pela raiz.
Segundo testemunhas, tudo aconteceu rápido demais para reagir. Tiros ecoaram no ar como trovões secos, e quando a poeira baixou, Uribe já estava no chão. Os socorristas chegaram correndo, mas era tarde. O pré-candidato morreu a caminho do hospital.
O que se sabe até agora
As autoridades estão mais perdidas que cego em tiroteio — e olha que isso é dizer pouco. Nenhum grupo assumiu a autoria, e os motivos ainda são um quebra-cabeça:
- Uribe vinha fazendo campanha em regiões historicamente violentas
- Seus discursos recentes irritaram setores poderosos
- Há rumores (não confirmados) de ameaças recebidas na semana passada
"Isso aqui tá com cara de crime político, mas até prova em contrário, vamos tratar como investigação normal", disse um delegado que preferiu não se identificar. Conveniente, não?
Reações que falam mais que discurso
Nas redes sociais, a comoção foi imediata. De políticos a cidadãos comuns, todo mundo parece ter uma teoria — algumas mais malucas que novela das nove. O presidente atual emitiu nota condenando o "ato covarde", mas sabe como é... palavras são só palavras.
Enquanto isso, nas ruas de Bogotá, pequenos grupos já começam a se reunir. Velas, cartazes, e aquele silêncio pesado que só a indignação consegue produzir. "Eles mataram não só um homem, mas a esperança de muita gente", gritava uma senhora aos repórteres.
O funeral está marcado para sexta-feira, mas a pergunta que não quer calar é: quem será o próximo? Num país onde política e violência dançam tango há décadas, esse assassinato pode ser só o primeiro ato de uma tragédia maior.