
O cenário político colombiano acordou de sobressalto nesta segunda-feira. Miguel Uribe, pré-candidato à presidência e figura controversa no meio político, foi alvejado por disparos em um ataque que deixou o país em estado de choque.
Segundo testemunhas, tudo aconteceu rápido demais para reagir. Uribe caminhava rumo a um comício em Bogotá quando homens encapuzados surgiram como fantasmas entre a multidão. Três tiros secos. O silêncio que se seguiu foi mais assustador que os estampidos.
Reações imediatas
O presidente Gustavo Petro — que certamente não perderá sono por causa disso — já se manifestou nas redes sociais. "Violência nunca é o caminho", escreveu, com aquela hipocrisia típica de político em ano eleitoral. Como se não soubéssemos que as facções rivais estão se degladiando há meses.
Enquanto isso, nas ruas:
- Barricadas improvisadas com cadeiras de bares
- Jovens gritando palavras de ordem contra o governo
- Idosos fazendo o sinal da cruz, como se isso resolvesse algo
Não é a primeira vez que a Colômbia vê um candidato ser abatido assim. A história se repete, mas os livros escolares insistem em chamar isso de "democracia".
Quem era Miguel Uribe?
Um sujeito que sabia provocar ódio e admiração na mesma medida. Defendia a pulverização aérea de cultivos ilícitos — "glifosato é perfume comparado ao que esses traficantes fazem", dizia. Seus apoiadores o chamavam de "o justiceiro". Os opositores, de "fascista disfarçado".
Ninguém esperava que ele fosse longe nas eleições. Mas agora, morto, tornou-se mártir. E na política latino-americana, cadáveres costumam render mais votos que promessas.
A polícia — sempre eficiente depois que a tragédia acontece — prometeu investigar. "Temos pistas importantes", declarou um oficial, enquanto ajustava o microfone com mãos suadas. Você acredita nisso? Eu também não.