
Eis que o tapete do poder treme novamente em Brasília. A Procuradoria-Geral da República (PGR), num movimento que já estava no ar há tempos, finalmente soltou o verbo: quer Jair Bolsonaro no banco dos réus por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. O pacote, recheado de acusações, chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) com cheiro de pólvora.
Não é de hoje que o clima político anda mais carregado que céu de temporal no verão brasileiro. Mas dessa vez, a coisa pegou fogo de verdade. O documento — um calhamaço de 134 páginas — alega que o ex-presidente e seus aliados arquitetaram um plano mirabolante para desestabilizar as instituições democráticas. Tudo porque, segundo a acusação, não engoliram a derrota nas urnas.
O X da Questão
O cerne da briga? Dois artigos do Código Penal que soam como trovão:
- Tentativa de golpe de Estado (artigo 359-M)
- Alteração violenta da ordem constitucional (artigo 359-L)
"Foi um esforço orquestrado", dispara o texto da PGR, sugerindo que Bolsonaro não agiu sozinho. A lista de suspeitos inclui generais, ministros e até aquele assessor que sempre aparecia nos bastidores.
As Peças do Quebra-Cabeça
Entre as provas apresentadas:
- Reuniões sigilosas no Palácio da Alvorada que teriam sido "quartel-general" da conspiração
- Gravações vazadas onde se discutia "medidas excepcionais"
- Um suposto plano B para contestar os resultados eleitorais a qualquer custo
Curiosamente, a defesa do ex-presidente já veio com os dois pés no peito. Chamou a acusação de "teatro político" e "perseguição descarada". Mas será mesmo? O STF agora tem a batata quente nas mãos — e a pressão pública não dá trégua.
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização explode como pipoca no micro-ondas. De um lado, os "mitistas" gritam por intervenção militar. Do outro, os opositores comemoram como se fosse gol nos acréscimos. No meio disso tudo, o cidadão comum fica se perguntando: cadê o pão nosso de cada dia nessa história?
Uma coisa é certa: o ano político promete — e como! Com o Congresso em pé de guerra e o Planalto sob tensão, esse processo pode virar o novo pivô da crise institucional. Fiquem ligados, porque essa novela ainda vai dar muitos capítulos.