
Eis que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), resolveu acender o pavio de um confronto que promete fazer barulho. Nesta quarta-feira (7), ele autorizou aquela que pode ser a acareação mais tensa desde o início das investigações sobre supostos atos golpistas: Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, vai encarar frente a frente um ex-assessor do ex-presidente.
Detalhe que ninguém comenta: o tal assessor — cujo nome foi convenientemente mantido sob sigilo — teria participado de reuniões suspeitas no Palácio da Alvorada. Coincidência? Moraes não acha.
O que está em jogo?
Segundo fontes que preferem o anonimato (óbvio, né?), a briga judicial gira em torno de três pontos quentes:
- Troca de mensagens cifradas sobre intervenção militar
- Reuniões secretas no gabinete da crise
- Um tal de "plano B" que ninguém quer explicar direito
Curiosamente, Cid — que já virou figurinha carimbada nos depoimentos — insiste que era "apenas um intermediário". Já o outro lado... bem, esse é justamente o ponto. O ex-assessor parece ter versões que não batem com as dele.
Timing mais do que suspeito
Para quem acompanha o noticiário político com um pé atrás, a decisão de Moraes chega em um momento no mínimo peculiar. Exatamente quando:
- O inquérito das fake news esfria
- Novas delações ameaçam emergir
- O Planalto tenta virar a página do tema
Não é à toa que os advogados de defesa já começaram a chorar sobre "excesso de espetacularização". Mas convenhamos — num caso desse calibre, teatro parece inevitável.
"Ou um mente, ou outro omite. Talvez ambos", resmunga um procurador que pediu para não ser identificado. E ele pode ter razão.