Milei Chama Escândalo das Propinas de 'Farsa da Semana' e Ataca Rivais Políticos
Milei chama escândalo de propinas de "farsa da semana"

Eis que surge mais um capítulo turbulento na já conturbada gestão de Javier Milei. Desta vez, a tempestade política envolve ninguém menos que sua própria irmã, Karina Milei, secretária-geral da presidência. Um furacão de acusações sobre suposto desvio de fundos públicos — algo que o presidente classifica, com sua habitual falta de cerimônia, como "a farsa da semana".

Numa resposta tão explosiva quanto previsível, Milei não economizou na retórica. Atribuiu a história aos seus "adversários políticos", aqueles que, segundo ele, "não suportam ver o país melhorar". A ironia? Mais espessa que um bife de chorizo mal passado.

O Núcleo da Controvérsia

O jornal La Nación trouxe à tona alegações pesadas: Karina estaria envolvida num esquema de propinas relacionado à venda de medicamentos — sim, remédios — com desvio de verba pública. Um assunto sério, do tipo que costuma derrubar governos.

Mas Milei? Nem tremeu. Chamou tudo de "mentira fabricada", uma narrativa convenientemente armada para manchar sua imagem e a de sua irmã. "É a farsa da semana", disparou, com aquela confiança que ou convence ou assusta.

O Tom da Defesa

Longe de um mea culpa ou de um pedido de apuração, o presidente argentino partiu para o contra-ataque. Acusou seus opositores de estarem "desesperados" e de usarem a mídia como palco para seus "jogos de poder".

Numa live transmitida pelas redes sociais — seu palco preferido —, Milei não poupou palavras. "É mentira", repetiu, como quem já cansou de negar. Mas será que a opinião pública cansa de ouvir?

O Contexto que Ninguém Fala

Por trás desse escândalo, há uma guerra política muito maior. Milei e seu governo ultraliberal seguem sob fogo cerrado de peronistas, kirchneristas e até de setores mais moderados que veem com ceticismo seus métodos… digamos, pouco ortodoxos.

Karina, por sinal, não é qualquer figura secundária. Ela é braço direito do presidente, peça-chave no quebra-cabeça do poder. Qualquer acusação contra ela é, inevitavelmente, uma investida contra o núcleo duro do mileísmo.

E assim segue o jogo: acusações, negações, narrativas cruzadas. Enquanto isso, a Argentina observa — e se pergunta até quando a política será um campo de batalha onde a verdade parece ser a primeira a morrer.