
Numa reviravolta que parece saída de um roteiro de filme sobre corrupção, a família do ex-prefeito Paulo Maluf e um grupo de empresas terão que desembolsar nada menos que R$ 210 milhões. O valor? Devolução à Prefeitura de São Paulo por dinheiro que sumiu — ou melhor, foi desviado — de forma criativa, pra não dizer criminosa.
O acordo, fechado com o Ministério Público, encerra uma novela que já dura anos. E olha que a conta poderia ser ainda mais salgada: os R$ 210 milhões representam só parte do prejuízo causado aos cofres públicos.
Como o esquema funcionava?
Parece coisa de filme, mas era a realidade: contratos superfaturados, notas fiscais que não passavam no teste do cheiro e um sistema que beneficiava poucos em detrimento de milhões de paulistanos. O modus operandi? Clássico, infelizmente.
Detalhe curioso: parte do dinheiro foi parar em contas no exterior. Alguém aí se lembra dos "paraísos fiscais" que sempre aparecem nas histórias de corrupção?
O que acontece agora?
Com o acordo homologado, começa a contagem regressiva para o depósito do dinheiro. E não vai ser em prestações — o MP foi claro quanto a isso. A grana tem que voltar inteira e rapidamente para onde nunca deveria ter saído.
Pra quem acha que é muito dinheiro (e é mesmo!), vale lembrar: isso daria para construir cerca de 10 escolas ou 3 hospitais de médio porte. Faz pensar, não?
O caso ainda tem um gosto amargo de "justiça tardia", mas pelo menos serve de alerta. Como diz o ditado: o crime pode até compensar por um tempo, mas a conta sempre chega — com juros e correção monetária.