
O ex-senador e líder do PT, Lindbergh Farias, compareceu nesta segunda-feira (2) para prestar depoimento em um inquérito que investiga supostas ameaças contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O caso está sendo apurado pela Polícia Federal (PF) e tem gerado repercussão no cenário político brasileiro.
Segundo fontes próximas ao processo, o depoimento de Lindbergh foi realizado na sede da PF em Brasília e durou cerca de duas horas. O petista é investigado por supostamente ter feito declarações consideradas ameaçadoras contra Eduardo Bolsonaro durante uma entrevista em um programa de televisão.
O que diz a investigação?
O inquérito foi aberto após uma representação feita por Eduardo Bolsonaro, que alega ter sido alvo de ameaças veladas por parte de Lindbergh Farias. O deputado afirma que as declarações do petista poderiam incitar violência contra sua pessoa.
Lindbergh, por sua vez, nega qualquer intenção de ameaça e afirma que suas palavras foram distorcidas. Em nota, a assessoria do ex-senador declarou que ele "sempre defendeu o diálogo e a democracia" e que está colaborando com as investigações.
Repercussão política
O caso tem sido acompanhado de perto por aliados e adversários políticos. Enquanto alguns defendem que a investigação é legítima, outros criticam o que chamam de "judicialização da política".
Especialistas em direito constitucional ouvidos pelo G1 afirmam que o caso pode abrir um precedente importante sobre os limites da liberdade de expressão no debate político brasileiro.
A expectativa agora é que a PF conclua as investigações nas próximas semanas e encaminhe o relatório final ao Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se há ou não base para denúncia.